Massacre no México: crianças sobreviveram 10 horas escondidas nas montanhas - TVI

Massacre no México: crianças sobreviveram 10 horas escondidas nas montanhas

Um dos menores, Devin Lanford, de 13 anos, escondeu seis crianças em arbustos e caminhou 23 quilómetros para pedir ajuda

Sozinhas numa estrada depois de terem testemunhado o massacre de nove familiares, as crianças feridas que sobreviveram a uma emboscada no México ficaram 10 horas escondidas numa montanha, enquanto esperaram por ajuda.

Devin Lanford, de 13 anos, escondeu os outros menores em arbustos perto de uma estrada montanhosa e foi procurar ajuda.

De acordo com o The Guardian, o adolescente percorreu 23 quilómetros a pé. Com o cair da noite, como ainda não tinha retornado para junto das outras crianças, a irmã McKenzie, de nove anos, baleada no pulso, fez-se à estrada à sua procura.

O ataque às três mulheres e 14 crianças aconteceu equanto estas seguiam em três carrinhas. As vítimas viajavam de uma vila em Sonora para se encontrarem com os restantes familiares no estado vizinho de Chihuahua.

Um familiar das vítimas, Lafe Langford, avançou à CNN que os ocupantes de uma das carrinhas onde seguia a família viram o ataque ao primeiro veículo e souberam que estariam em perigo.

Eles começaram a pegar nas crianças e a escondê-las até que as balas começaram a cair. (...) Depois de o tiroteio ter acabado, desceram da montanha, retiraram todas as crianças do veículo e disseram-lhes para fugir".

As crianças percorreram cerca de 300 metros, enquanto faziam turnos para carregar um dos rapazes, Cody, de 8 anos, que foi atingido no maxilar e na perna, até procurarem abrigo.

Os novos detalhes sobre o ataque em que três mulheres e seis crianças foram mortas emergiram esta quarta-feira e intensificam a pressão para o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, combater o crime organizado no país.

O nosso pedido de ajuda está a ser ouvido", confessou à Televisa Adrián LeBarón, pai de Rhonita LeBarón, uma das vítimas mortais, e avô de quatro das crianças assassinadas. 

Adrian LeBarón falou aos jornalistas a partir da comunidade de La Mora, perto da fronteira com os estados de Sonora e Chihuahua, no México, enquanto preparava as cerimónias fúnebres dos familiares mortos no massacre na segunda-feira.

Rhonita e as crianças seguiam na mesma carrinha quando esta foi atacada às 9:40 de segunda-feira, avançou o porta-voz do exército Mexicano esta quarta-feira. Gen Héctor Mendonza revelou que os cinco tiveram morte imediata e o veículo terá pegado fogo. As outras duas carrinhas foram atacadas a 18 quilómetros de distância numa estrada secundária, por volta das 11:00.

Continue a ler esta notícia