Demitiu-se o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA - TVI

Demitiu-se o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA

Michael Flynn reununciou ao cargo na segunda-feira à noite, depois de terem sido divulgadas informações de que teria enganado o vice-presidente, Mike Pence, e outros funcionários da Casa Branca sobre os seus contactos com a Rússia

O assessor para a Segurança Nacional dos EUA, Michael Flynn, reununciou ao cargo na segunda-feira à noite, depois de terem sido divulgadas informações de que teria enganado o vice-presidente, Mike Pence, e outros funcionários da Casa Branca sobre os seus contactos com a Rússia.

O pedido de demissão de Michael Flynn ocorre menos de um mês depois de ter assumido funções.

Nos últimos dias, surgiram informações dos serviços secretos norte-americanos de que o conselheiro de segurança manteve contactos telefónicos com o embaixador russo nos Estados Unidos, Sergei Kisilyak, antes de a administração Trump ter tomado posse. Informações comprometedoras para Flynn, uma vez que um cidadão norte-americano não pode conduzir relações diplomáticas de forma independente - é ilegal. 

Perante a divulgação destas informações, Mike Pence e outros oficiais da Casa Branca insistiram que nestes contactos Flynn e o embaixador tinham apenas trocado de saudações de Natal e falado sobre os preparativos para uma conversa telefónica entre Donald Trump e Vladimir Putin.

Mas a polémica continuou e mais pormenores caíram na esfera pública: novas informações deram conta de que, afinal, o conselheiro de Washington e o diplomata russo tinham falado sobre as sanções que a administração de Obama queria impor por causa da alegada interferência russa nas eleições norte-americanas. 

Agora, na carta da demissão, Flynn admitiu que teve várias conversas telefónicas com o embaixador russo durante o período de transição e que forneceu “informação incompleta” sobre essas conversas ao vice-presidente norte-americano.

"Estes contactos tinham como objetivos facilitar uma transição suave e começar a construir as relações necessárias entre o presidente, os seus conselheiros e os líderes estrangeiros. Esses contactos são uma prática comum em qualquer transição desta magnitude. "

"Infelizmente, por causa dos acontecimentos recentes, eu forneci informação incompleta ao vice-presidente eleito e outros funcionários sobre as minhas conversas telefónicas com o embaixador russo. Pedi sinceras desculpas ao presidente e ao vice-presidente e eles aceitaram o meu pedido."

 

 

Continue a ler esta notícia