Platini: «Fizeram de mim o Al Capone» - TVI

Platini: «Fizeram de mim o Al Capone»

Michel Platini (AP)

Ex-presidente da UEFA fala sobre a acusação de corrupção e o castigo

Depois de ter cumprido quatro anos de suspensão por corrupção, por causa do alegado pagamento irregular de Joseph Blatter, presidente da FIFA, Michel Platini, antigo presidente da UEFA, falou sobre o castigo.

«Foi inacreditável. Chamaram-me falsificador de contas, corrupto, lavador de dinheiro. É complicado para mim e para a minha família. Quando levas com esse rótulo na cara e não sabes porquê, dói. E isso veio de todo o mundo, alimentado pela FIFA. Tentas compreender o que se passa, mas estás tão desconfortável, não sabes de que forma as pessoas olham para ti», disse Platini em entrevista à France Info.

«Foi complicado para mim e para a minha família. Fizeram de mim o Al Capone», disse o antigo jogador francês, que contou que chegou a sair de casa disfarçado para não o reconhecerem. «Foram tempos difíceis.»

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Michel Platini disse ainda que acredita que se tratou de uma conspiração. «Passado um mês, comecei a perceber que tudo era uma conspiração, um enredo. Comecei a defender-me, tentei encontrar os melhores caminhos mas, no final, sabia que nunca iria vencer. Estava preso desde o início. Não queriam que eu fosse presidente da UEFA, não queriam que eu chegasse a presidente da FIFA.»

«Blatter criou uma atmosfera contra mim e outros trabalharam nela. Fizeram tudo para que eu não fosse o presidente da FIFA. Tenho valores no futebol, podia ter criado um novo mundo no futebol e isso não agradou internamente», acusou.

Questionado sobre a atribuição do Mundial 2022 ao Qatar, Platini afirmou: «Sempre votei pelo desenvolvimento do futebol. Criei o Europeu em 13 países porque isso permitiria a muitos países receberem a prova, construírem estádios, e vencerem algo. Já há cinco ou seis vezes que o mundo árabe perdia. E para o desenvolvimento do futebol era bom ir para o Golfo.»

«Pedi duas coisas: Que fosse o Mundial do Golfo, para que o Qatar fizesse um esforço para incluir Abu Dhabi, Bahrein e todo o Golfo. E a outra coisa era que fosse em novembro, dezembro», explicou ainda.

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