Temer revela que não será candidato nas presidenciais brasileiras - TVI

Temer revela que não será candidato nas presidenciais brasileiras

Michel Temer

Presidente coloca combate ao desemprego e relançamento económico do país como principais metas. Tentar ser eleito em 2018 está fora dos seus horizontes

Doze milhões de desempregados serão uma dor de cabeça para o homem que substituiu a eleita Dilma Rousseff, após a impugnação, na presidência do Brasil. Em entrevista à agência noticiosa britânica Reuters, Michel Temer acredita que a maior economia da América Latina conseguirá sair da crise nos próximos dois anos. Até ao final de 2018, altura das próxima presidenciais.

Este é um governo de reformas, que está a preparar o país para o próximo governo", disse o atual líder de 76 anos, que se assume como presidente interino, sem pretender candidatar-se. "Estamos focados em conseguir colocar o Brasil de volta nos carris. E temos ainda dois anos para fazer isso".

Apesar do abrandamento da inflação, o relançamento económico está ainda à espera de melhores dias. Sendo que, Michel Temer mostra-se confiante e garante mesmo não ter receio que as suspeitas de corrupção que atingem membros do atual executivo possam travar o crescimento do país.

Temos de nos focar cuidadosamente no desemprego. Essa é a nossa principal preocupação e isso exige crescimento económico", salientou Temer na entrevista, dada no palácio presidencial de Brasília.

O Brasil vai começar a crescer novamente no segundo semestre do ano. As perspetivas são de que o PIB anual não será negativo", salientou o presidente do Brasil.

Sem receio da "Lava-Jato"

Confrontado com as suspeitas que recaem sobre si e sobre outros membros do executivo relacionadas com as investigações de corrupção no âmbito do processo "Lava-Jato", Michel Temer garantiu estar de mãos e consciência tranquilas.

Não estamos nada preocupados. Não há a menor chance disso acontecer", acrescentou o presidente sobre a hipótese das acusações de corrupção poderem minar a coligação política que suporta o atual executivo.

Em causa, estão alegações de que também Temer terá recebido doações para a campanha em 2014, com dinheiros saídos da Petrobras. Seria algo que poderia impedir o seu governo de acabar o mandato, mas que o presidente diz haver uma chance "zero" de acontecer.

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