Vídeo mostra guarda costeira grega a fazer razia a embarcação de refugiados - TVI

Vídeo mostra guarda costeira grega a fazer razia a embarcação de refugiados

  • AG
  • 2 mar 2020, 17:03
Guarda costeira grega faz razia a barco de migrantes

Imagens foram divulgadas pelas autoridades turcas

O governo turco divulgou, esta segunda-feira, imagens que mostram a guarda costeira da Grécia a fazer razia a uma embarcação de refugiados, no mar Mediterrâneo.

No mesmo dia, a Frontex, agência europeia da guarda de fronteiras e costeira, aceitou lançar uma intervenção rápida nas fronteiras externas da Grécia, para ajudar as autoridades gregas face ao fluxo de refugiados oriundos da Turquia.

A decisão do diretor-executivo da Frontex, anunciada num comunicado divulgado em Bruxelas, surge na sequência de um pedido do governo grego, que no domingo à noite solicitou oficialmente à agência o lançamento de uma intervenção rápida nas suas fronteiras marítimas no Mar Egeu.

No comunicado, a Frontex sublinha que as intervenções rápidas nas fronteiras “são concebidas para dar assistência imediata a um estado-membro que esteja sob uma pressão urgente e extraordinária nas suas fronteiras externas, especialmente relacionada com um número vasto de cidadãos não europeus que estão a tentar entrar ilegalmente no seu território”, o que é o caso da Grécia, depois de a Turquia ter decidido permitir a passagem dos refugiados que pretendem chegar à Europa.

Dada a situação com rápidos desenvolvimentos que se vive nas fronteiras externas da Grécia com a Turquia, a minha decisão é aceitar o lançamento da intervenção rápida solicitada pela Grécia”, anunciou a Frontex.

 

Faz parte do mandato da Frontex assistir um Estado-membro confrontado com uma situação excecional que solicite apoio urgente a nível de pessoal e equipamento de todos os Estados-membros e países associados a Schengen”, o espaço de livre circulação, justificou o diretor-executivo da agência, Fabrice Leggeri.

O responsável lembrou que a partir do próximo ano a Frontex já terá um corpo permanente, mas, hoje, ainda “depende inteiramente dos Estados-membros”, cujas contribuições são assim vitais “neste momento crucial”.

A Frontex indica que já aumentou a capacidade de vigilância nas fronteiras gregas e está a reafetar funcionários a partir de outras operações para “providenciarem assistência imediata” às autoridades gregas.

A Frontex está agora a trabalhar de perto com a Grécia para finalizar rapidamente o plano operacional para a intervenção rápida nas fronteiras. Assim que o plano estiver acordado, a Frontex vai pedir aos restantes Estados-membros e países associados de Schengen que providenciem no imediato guardas fronteiriços e outro pessoal relevante”, indica o comunicado.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, já revelara o pedido das autoridades gregas à Frontex e garantiu que a UE vai dar todo o apoio à Grécia, assim como à Bulgária, para ajudar a fazer face à extraordinária pressão provocada pela decisão da Turquia de ‘abrir as portas’ aos refugiados que se encontram no país e que desejam rumar à Europa.

Von der Leyen anunciou que os presidentes das três principais instituições europeias deslocam-se na terça-feira à Grécia para demonstrar o “total apoio” da UE às autoridades gregas na resposta à pressão migratória de refugiados oriundos da Turquia.

A nossa prioridade é dar à Grécia e à Bulgária todo o apoio de que necessitam para enfrentar a situação no terreno. O desafio que a Grécia está a enfrentar agora é um desafio europeu. Por isso, amanhã [terça-feira] vou viajar para a Grécia juntamente com [o presidente do Conselho Europeu] Charles Michel e [o presidente do Parlamento Europeu] David Sassoli”, anunciou.

A presidente do executivo comunitário, que falava numa conferência de imprensa em Bruxelas, acrescentou que os líderes das três instituições europeias reunir-se-ão com o primeiro-ministro grego e, na companhia deste, visitarão a zona fronteiriça com a Turquia, “para avaliar no terreno o que pode ser melhorado em termos de apoio”.

A Grécia, sobretudo, enfrenta uma brutal pressão nas suas fronteiras externas com a Turquia, depois de o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, ter decidido ‘abrir as portas’ aos refugiados que pretendem rumar à Europa, numa tentativa de garantir mais apoio ocidental na questão síria.

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