O ex-ministro do Interior venezuelano Miguel Rodríguez Torres, preso há mais de um ano por alegada conspiração contra o Governo, entrou em greve de fome, alertou na quinta-feira a filha e uma deputada.
"O meu pai está em greve de fome por todas as atrocidades que cometeram contra ele", escreveu a filha Estefany Rodríguez, na rede social Twitter, defendendo que o pai deve ter "direito a visitas familiares e a ser tratado com dignidade".
Hoy 74 días de la desaparición de mi papá, y nos informan que lleva 4 días en huelga de hambre exigiendo sus derechos, hago responsable a @NicolasMaduro por la integridad de mi padre, le están violando todos los derechos, exijo verlo y saber cómo se encuentra el! @dcabellor
— Estefany Rodriguez (@tefyr94) 11 de julho de 2019
O líder da oposição e autoproclamado Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, tinha denunciado, há mais de duas semanas, que o antigo ministro estava incomunicável.
De acordo com a deputada Adriana Pichardo, citada pela agência de notícias espanhola EFE, Torres iniciou a greve de fome na segunda-feira, numa prisão especial do principal forte militar da Venezuela onde, segundo a deputada, o antigo ministro se encontra detido.
#ALERTA: el Mayor General Miguel Rodríguez Torres se encuentra en Huelga de Hambre desde el Lunes en la Carcel Especial de Fuerte Tiuna donde se encuentra secuestrado junto al General Baduel, El Diputado Zambrano y el General Balza Liotta
— Adriana Pichardo B (@apichardob) 11 de julho de 2019
Rodríguez Torres foi preso em março de 2018 pelo Serviço Bolivariano de Inteligência (SEBIN, serviços secretos), tendo sido acusado pelo Governo de estar envolvido em atos violentos e conspiração.
Miguel Eduardo Rodríguez Torres nasceu em Caracas a 21 de janeiro de 1964. Foi major-general do Exército venezuelano. Especializado em infantaria, participou em diversas operações especiais e era paraquedista militar.