O número de queixas por agressão sexual aumentou oito por cento em 2008 nas Forças Armadas norte-americanas, e saltou para mais de 25 por cento no Iraque e no Afeganistão, anunciou terça-feira o Pentágono, refere a Lusa.
O Departamento da Defesa dos Estados Unidos atribui este aumento às suas campanhas de sensibilização.
Durante o ano fiscal de 2008, que encerra no final de Setembro, o Pentágono recebeu 2.908 queixas por agressão sexual envolvendo membros das Forças Armadas, contra 2.688 durante o ano fiscal 2007, segundo um relatório anual.
No Iraque e no Afeganistão, o número total de queixas aumentou para 165, ou seja, um aumento de 26 por cento num ano, precisou o Pentágono.
Cerca de dois terços das queixas registadas em 2008 são relativas a alegados casos de violação ou de «agressão sexual grave», segundo este relatório.
«O aumento das queixas não significa que o número de agressões sexuais aumentou. Isso quer dizer que a política deste departamento, consistindo em encorajar as vítimas a falar, fez a diferença», declarou a médica Kaye Whitley, directora do gabinete encarregado da prevenção e da repressão das agressões sexuais, durante uma conferência de imprensa.
As vítimas, essencialmente outros membros das Forças Armadas mas também no civil, podem apresentar queixa a coberto do anonimato a fim de receberem cuidados médicos, o que impede o lançamento de uma investigação.
«Devido à estigmatização e ao medo que lhe estão associados, a agressão sexual continua a ser um dos crimes menos denunciados do país, nas comunidades militar e civil», lamentou Whitley.
Dos cerca de 2.763 inquéritos concluídos no ano passado, só 832 levaram a sanções, dos quais 317 terminaram em julgamentos em tribunal marcial.
Todavia, o Pentágono salientou que a passagem para o tribunal marcial representa mais de um terço (38 por cento) do total das sanções decididas pelo comando militar e que o seu número está a aumentar em relação a 2007 (30 por cento).
EUA: queixas por agressão sexual no Exército
- Redação
- CR
- 18 mar 2009, 09:22
Participações aumentam oito por cento nas Forças Armadas e mais de 25 por cento no Iraque e Afeganistão
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