Venezuela investiga 140 denúncias de especulação de preços - TVI

Venezuela investiga 140 denúncias de especulação de preços

  • 30 ago 2018, 22:48
Venezuela - supermercado

Ministério Público diz que 111 denúncias foram feitas em flagrante delito e levaram à detenção de 131 pessoas, das quais 92 continuam presas

O Ministério Público da Venezuela (MP) anunciou esta quinta-feira que está a investigar 140 denúncias contra empresários e comerciantes, pela alegada especulação e modificação de preços de produtos básicos para venda.

O anúncio foi feito pelo procurador-geral da Venezuela, designado pela Assembleia Constituinte, Tarek William Saab, durante uma conferência de imprensa em Caracas.

Segundo o procurador, 111 denúncias foram feitas em flagrante delito e levaram à detenção de 131 pessoas, das quais 92 continuam presas, 29 têm medidas substitutivas (regime de apresentação periódica e outros) e 10 estão em liberdade.

A 20 de agosto último entrou em vigor na Venezuel, uma reconversão monetária que eliminou cinco zeros ao bolívar forte e colocou em circulação o bolívar soberano.

Três dias depois o Governo venezuelano fixou os preços de venda ao público de 25 produtos básicos alimentares, incluindo produtos que escasseiam no país e que passariam a ter um custo ligeiramente inferior ao praticados no mercado negro, onde, entretanto, estes bens já subiram de preço.

A 23 de agosto as autoridades venezuelanas anunciaram que tinham iniciado um procedimento sancionatório contra três redes de supermercados de portugueses, acusadas de especulação na fixação de preços após a reconversão monetária.

As redes de supermercados são suspeitas de terem incorrido em "especulação, modificação de preços, oferta enganadora”, entre outros delitos socioeconómicos.

Em comunicado, a Superintendência para a Defesa dos Direitos Socioeconómicos (Sundde) da Venezuela explicou que foram recebidas denúncias telefónicas sobre irregularidades que motivaram uma fiscalização, ainda em curso, nas redes de supermercados Luvebras, Excelsior Gama e Central Madeirense.

Pelo menos uma rede de supermercados de portugueses foi obrigada a baixar os preços de venda ao público de vários produtos.

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