Santos Silva: faltaram requisitos mínimos de transparência, liberdade e justiça nas eleições na Venezuela - TVI

Santos Silva: faltaram requisitos mínimos de transparência, liberdade e justiça nas eleições na Venezuela

  • .
  • DA
  • 7 dez 2020, 15:54
Augusto Santos Silva

Augusto Santos Silva falava aos jornalistas à saída do Conselho de Negócios Estrangeiros, que reúne o conjunto dos chefes de diplomacia da UE

O ministro dos Negócios Estrangeiros Augusto Santos Silva anunciou hoje que os chefes da diplomacia da União Europeia (UE) consideram que as eleições na Venezuela não “cumpriram os requisitos mínimos em termos de transparência, liberdade e justiça”.

A declaração é muito clara quando assinala que, do nosso ponto de vista, as eleições realizadas ontem [domingo] na Venezuela não cumpriram os requisitos mínimos em termos de transparência, em termos de liberdade e em termos de justiça, de igual acesso das forças políticas as candidaturas devidas”, sublinhou o chefe da diplomacia portuguesa.

Augusto Santos Silva falava aos jornalistas à saída do Conselho de Negócios Estrangeiros, que reúne o conjunto dos chefes de diplomacia da UE.

O ministro dos Negócios Estrangeiros referiu ainda que os chefes da diplomacia da UE entenderam “que não foi com estas eleições que se resolveu o impasse institucional e a crise política profunda que se vive na Venezuela”.

Por isso mesmo, renovamos a nossa posição relativa à necessidade de uma solução política, pacífica e interna da crise política interna que passa pela realização de eleições livres, justas, transparentes e escrutináveis internacionalmente”, sublinhou Augusto Santos Silva.

O ministro dos Negócios Estrangeiros salientou também que, durante a sua intervenção na reunião entre os ministros, especificou que a resposta europeia às eleições na Venezuela deveria passar por três critérios.

Além de um critério de legalidade, a decisão da UE também deveria ter em consideração o apoio político às “forças políticas e sociais que na Venezuela lutam pela democracia, pelos direitos humanos, e pela urgência de implementar a ação humanitária”.

O chefe da diplomacia portuguesa frisou ainda que a UE deve procurar uma decisão que fortaleça a posição da UE segundo a qual “a crise venezuelana não se resolve senão internamente”.

A aliança de partidos que apoiam o Governo do Presidente venezuelano Nicolás Maduro venceu as eleições legislativas de domingo, com 67,6% dos votos, quando foram contados 82,35% dos boletins, anunciou hoje o Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

Até agora, foram contados 5.264.104 votos, dos quais 3.558.320 foram para o Grande Polo Patriótico (GPP), em eleições contestadas pela oposição, que apelou ao boicote.

Continue a ler esta notícia