Palmada no carro-patrulha terá sido fatal para australiana morta pela polícia - TVI

Palmada no carro-patrulha terá sido fatal para australiana morta pela polícia

  • Paulo Delgado
  • 26 jul 2017, 12:17
Justine Ruszczyk

Investigação ao caso da morte de Justine Damond revela qual foi o barulho que os agentes terão ouvido: a mulher terá dado uma palmada na chapa da viatura e acabou baleada

A morte de Justine Damond, uma australiana de 40 anos que estava noiva, continua em investigação pelo ministério público do Minnesota, no norte dos Estados Unidos, após ter sido baleada no sábado, 15 de julho, na cidade de Minneapolis. Os inspetores ouviram um dos polícias, que conduzia o carro-patrulha, e admitem que a mulher terá dado uma palmada no veículo, acabando baleada.

Pelo que se sabe, a professora de ioga Justine Damond ligou para o número de emergência, 911, cerca das 23:30. Pediu à polícia para investigar uma possível violação sexual num beco perto de sua casa.

Ao local, chegaram os agentes Michael Matthew Harrity e Mohamed Noor, tido como autor dos disparos e que se tem recusado a falar com os inspetores que investigam o caso.

Já o agente Matthew Harrity contou aos investigadores ter sido surpreendido por um som alto junto ao carro-patrulha. Terá sido a australiana que deu uma palmada na chapa, na parte de trás da viatura, antes de se aproximar da janela do condutor.

Depois disso, é incerto para os inspetores o que aconteceu exatamente, mas a mulher morreu no beco", refere o mandado de investigação, revelado pela rádio pública de Minneapolis.

Justine Ruszczyk foi baleada no abdómen. Morreu. Os dois agentes estão suspensos. Matthew Harrity tem colaborado com o inquérito. Mohamed Noor, tido como autor do disparo fatal, permanece em silêncio. Nos Estados Unidos e na Austrália, o caso está a ser seguido com indignação e levou mesmo à demissão da chefe da polícia de Minneapolis, cuja saída fora exigida pela presidente da autarquia.

Isto não devia ter acontecido. Nos nossos carros-patrulha estão escritas as palavras: para proteger com coragem e servir com compaixão. E isto não aconteceu", referiu a demissionária chefe da polícia, Janeé Harteau, aquando da demissão.

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