Os testes de mísseis da Coreia do Norte são uma violação "flagrante" das resoluções da ONU, que proíbem tais lançamentos, disse esta sexta-feira o enviado norte-americano.
Numa breve declaração aprovada por unanimidade – incluindo a China, que é aliada do regime de Pyongyang – saída de uma reunião de urgência convocada por Washington, os 15 países com assento no Conselho de Segurança consideraram os ensaios balísticos “inaceitáveis”.
Os países afirmam que a Coreia do Norte “deve abster-se de qualquer ação que viole as resoluções” das Nações Unidas (ONU) e deve “respeitar inteiramente as suas obrigações” internacionais.
A Coreia do Norte realizou na quinta-feira à noite dois lançamentos de mísseis que estavam “proibidos” pelas resoluções das Nações Unidas.
O míssil balístico foi lançado para o mar, ao largo da sua costa leste, poucos dias depois de o líder Kim Jong-Un ter ordenado a realização de mais testes com ogivas nucleares.
Os testes são uma “provocação”, disse a embaixadora norte-americana Samantha Power, acrescentando que a ação é um desafio claro de Pyongyang ao Conselho de Segurança.
Há duas semanas, o Conselho de Segurança reforçou as sanções à Coreia do Norte, depois do alegado quarto teste nuclear realizado por Pyongyang, em janeiro, e de um ensaio de mísseis, no mês passado.
Esperamos que o Conselho de Segurança esteja unido para dizer à Coreia do Norte para alterar a sua política imediatamente”, disse o embaixador da ONU no Japão Motohide Yoshikawa, acrescentando que o último lançamento foi “muito, muito inapropriado”.
O secretário-geral das Nações Unidas (Ban Ki-moon) classificou o disparo dos dois mísseis como “profundamente perturbador”, defendendo que Pyongyang tem de acabar urgentemente com “estas ações inflamatórias”.
Ban Ki-moon apelou ainda à Coreia do Norte para começar a cumprir as resoluções da ONU que impedem o país de desenvolver tecnologia de mísseis.