Coreia do Norte acusa EUA de hipocrisia e alerta para “consequências graves” de comportamento hostil - TVI

Coreia do Norte acusa EUA de hipocrisia e alerta para “consequências graves” de comportamento hostil

  • Beatriz Céu
  • 21 out 2021, 00:59
Missil China

Para Pyongyang, as posições contraditórias manifestadas pelos EUA lançam "suspeitas" sobre a sinceridade de Washington

A Coreia do Norte acusou, esta quinta-feira, os Estados Unidos de hipocrisia por denunciarem o lançamento de um míssil balístico, disparado esta semana por Pyongyang, e alertou para eventuais “consequências graves” caso Washington decida manter este comportamento.

Segundo um porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte, o míssil balístico, disparado esta terça-feira, fez parte de um plano para reforçar a defesa do país, e não foi dirigida aos Estados Unidos ou a qualquer outro país.

Para Pyongyang, este foi um “avanço demasiado provocador” por parte dos Estados Unidos, que condenaram de imediato o lançamento do míssil e consideraram-no uma violação das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, e uma ameaça para a paz e estabilidade regionais,

O Conselho de Segurança das Nações Unidas reuniu-se esta quarta-feira, a pedido dos Estados Unidos e do Reino Unido, onde o enviado norte-americano instou a Coreia do Norte a aceitar uma abertura para o diálogo entre os países, garantindo que Washington não tem quaisquer intenções hostis contra Pyongyang.

O porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, citado pela agência de notícias norte-coreana, disse que as "posições duplas” dos Estados Unidos quanto ao desenvolvimento de mísseis motivou sérias dúvidas sobre a sua disponibilidade para uma eventual abertura para o diálogo.

“É claramente contraditório que os Estados Unidos nos denunciem por desenvolvermos e testarmos o mesmo sistema de armas que eles já possuem ou que estão a desenvolver, e isso só nos faz suspeitar da sua sinceridade, depois de eles terem dito que não tinham qualquer hostilidade contra nós”, acrescentou o representante.

Os Estados Unidos e o Conselho de Segurança das Nações Unidas podem enfrentar “consequências mais graves e mais sérias” se optarem por comportamentos indesejados, frisou o porta-voz, alertando para o perigo de estarem a “brincar com uma bomba-relógio”.

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