EUA dizem que China e Rússia têm de agir sobre Pyongyang - TVI

EUA dizem que China e Rússia têm de agir sobre Pyongyang

  • SS - atualizada às 12:36
  • 15 set 2017, 07:34

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, também já veio pedir “uma resposta mundial” contra a Coreia do Norte após o lançamento de um novo míssil balístico que sobrevoou o Japão

O lançamento de um novo míssil balístico por parte da Coreia do Norte, que sobrevoou o Japão, está a gerar reações de líderes de todo o mundo.

O secretário de Estado norte-americano condenou este novo teste, que considerou “provocador", instando “todas as nações”, sobretudo a China e a Rússia, a aplicar “novas medidas”.

Pedimos a todas as nações que adotem novas medidas contra o regime de Kim [Jong-un]”, afirmou Rex Tillerson, num comunicado emitido pelo Departamento de Estado.

O chefe da diplomacia norte-americana dirigiu o apelo particularmente à China e à Rússia, que têm estreitos laços com a Coreia do Norte, e exortou Pequim e Moscovo a mostrar “intolerância face a estes imprudentes lançamentos de mísseis e a empreender as suas próprias ações diretas” contra Pyongyang.

 A China já reagiu, mas evitou condenar de forma explicita o lançamento do míssil. Em conferência de imprensa, Pequim disse que todas as resoluções do Conselho de Segurança, no qual a China é membro permanente, "se opõem ao desenvolvimento da capacidade nuclear da Coreia do Norte".

A Rússia, por outro lado, já condenou firmemente o sucedido, num comunicado divulgado pelo Kremlin.

O Japão já avisou que "não vai tolerar estas provocações" e que a Coreia do Norte não tem "um futuro brilhante". Tóquio já pediu uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas. 

Logo depois do lançamento do míssil, os governos japonês e sul-coreano convocaram reuniões de emergência dos Conselhos nacionais de Segurança para analisar a nova ameaça.

Entretanto, Washington e Tóquio já acordaram exercer uma “visível pressão” sobre Pyongyang.

O ministro dos Negócios Estrangeiros japonês, Taro Kono, manteve uma conversa ao telefone com Rex Tillerson para analisar e estudar uma resposta conjunta ao novo disparo de míssil.

Ambos acordaram trabalhar com a comunidade internacional e o Conselho de Segurança da ONU para “conseguir a plena aplicação” do novo pacote de sanções, aprovado na segunda-feira por unanimidade.

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, também já veio pedir “uma resposta mundial” contra a Coreia do Norte na sequência do novo disparo, que qualificou de “imprudente violação das resoluções da ONU”.

O disparo do míssil da Coreia do Norte é uma nova violação das resoluções das Nações Unidas” que impedem a Coreia do Norte de aperfeiçoar armamento, escreveu Stoltenberg numa mensagem difundida no Twitter.

O secretário-geral da Aliança Atlântica acrescenta que se trata de uma a “grande ameaça à paz e à segurança internacional que exige uma resposta mundial”.

França e Alemanha também já condenaram o lançamento do míssil. 

O primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, também já reagiu, defendendo que o míssil figura como “um sinal de frustração” face às recentes sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU.

Isto é outro ato perigoso, imprudente e criminoso por parte do regime da Coreia do Norte que ameaça a estabilidade da região e do mundo e que condenamos totalmente”, afirmou Malcolm Turnbull ao canal Sky News da televisão por cabo da Austrália.

O lançamento deste novo míssil surge um dia depois de a Coreia do Norte ter ameaçado "afundar o Japão" e "transformar os Estados Undios em cinzas e escuridão".

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