Santos Silva diz que esforços europeus são importantes, mas "não chegam" - TVI

Santos Silva diz que esforços europeus são importantes, mas "não chegam"

  • HCL
  • 25 mar 2020, 19:48
Santos Silva

Ministro dos Negócios Estrangeiros apelou à necessidade de trabalhar num plano de recuperação com a dimensão financeira necessária para ultrapassar a crise pandémica gerada pelo novo coronavírus

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, assegurou esta quarta-feira que o objetivo do Executivo é gerar uma resposta à crise pandémica que permita garantir o emprego.

Santos Silva falou após a reunião do Conselho Permanente de Concertação Social e saudou tudo o que foi feito a nível europeu para habilitar os estados membros a dar uma resposta aos efeitos da crise quer em saúde pública quer a nível económico. 

Ainda assim, o ministro esclarece que as medidas europeias são muito importantes, mas não são suficientes. Assim, o Governo pede à Comissão Europeia que seja acelerado o processo que está em curso para construir um mecanismo de resseguro europeu sobre subsídios de desemprego.

Por outro lado, Santos Silva acrescenta que é necessário uma emissão conjunta de dívida pública, explicando que este é o momento em que a União Europeia deve ser clara na assunção conjunta das responsabilidades de financiamento dos Estados, “para que os Estados tenham dinheiro necessário para pôr em prática um reforço nos sistemas de saúde, mas também para reforçar o apoio às famílias e às empresa”.

O ministro dos Negócios Estrangeiros apela ainda à necessidade de trabalhar já “num plano de recuperação com a dimensão financeira necessária” e afirmou que é preciso “darmos a nós próprios tempo para aguentar as semanas difíceis que virão”.

Questionado sobre se acredita num consenso, na cimeira europeia de quinta-feira, depois do impasse registado na terça-feira na reunião do Eurogrupo em relação à emissão de ‘eurobonds’, Santos Silva assegurou que “Portugal batalhará ativamente por esse consenso”.

O ministro aludiu à carta enviada esta quarta-feira pelo primeiro-ministro, António Costa, e oito outros líderes europeus ao presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, reclamando a implementação de um instrumento europeu comum de emissão de dívida para enfrentar a crise provocada pela covid-19, para frisar que se trata de “medidas essenciais para melhorar a capacidade de resposta” dos países e, como tal, “um passo no sentido certo”.

 

Continue a ler esta notícia