Afeganistão: líder religioso e civil morrem numa série de atentados em Cabul - TVI

Afeganistão: líder religioso e civil morrem numa série de atentados em Cabul

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  • 2 fev 2021, 13:15
Ataque em Cabul

Três explosões consecutivas ocorreram durante a manhã em menos de três horas em três zonas diferentes de Cabul

Um líder religioso e um civil morreram esta terça-feira em Cabul e cinco outras pessoas ficaram feridas numa série de atentados com bombas-lapa na capital do Afeganistão, Cabul, informaram as autoridades.

Três explosões consecutivas ocorreram durante a manhã em menos de três horas em três zonas diferentes de Cabul, disse à agência noticiosa espanhola EFE o porta-voz da polícia de Cabul, Ferdaws Faramarz.

A primeira bomba foi colada a um veículo militar no centro de Cabul e feriu dois militares, indicou Faramarz citado pela agência norte-americana Associated Press.

Uma hora mais tarde, a segunda bomba, no norte da cidade, matou duas pessoas, incluindo o clérigo Mohammad Atef, que liderava uma organização islâmica sem fins lucrativos, a Jamiat Eslah, e feriu outras duas.

A terceira bomba-lapa, que explodiu às 10:27 locais (05:57 em Lisboa), feriu uma pessoa na zona oeste de Cabul.

O presidente afegão, Ashraf Ghani, considerou a morte do clérigo como um “ataque terrorista à dignidade e ao futuro brilhante do Afeganistão”.

Os ataques em Cabul ainda não foram reivindicados, embora as autoridades responsabilizem os talibãs.

Estes rebeldes também condenaram a morte do clérigo, responsabilizando os serviços secretos afegãos sem apresentarem qualquer prova para a alegação.

O porta-voz dos talibãs Zabihullah Mujahid disse que os rebeldes souberam da morte de Atef “com grande tristeza”, negando aparentemente qualquer envolvimento nos ataques.

Nos últimos meses, o grupo extremista Estado Islâmico assumiu a responsabilidade por vários ataques sangrentos em Cabul, mas na segunda-feira um relatório de um órgão do governo norte-americano indicava que os ataques dos talibãs na capital afegã têm vindo a aumentar, sobretudo os assassínios dirigidos de funcionários do governo, líderes da sociedade civil e jornalistas.

A violência ocorre ao mesmo tempo que representantes do governo afegão e dos talibãs realizam negociações de paz no Qatar, que visam acabar com décadas de conflito.

 

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