William, segundo na linha de sucessão ao trono, falava à margem de um jantar de gala para marcar o 21º aniversário do “Child Bereavement UK” (refúgio para crianças órfãs), associação que a princesa Diana ajudou a lançar e da qual William é agora padroeiro.
'O que a minha mãe reconheceu naquela época - e que eu entendo agora - é que esta a dor é a experiência mais dolorosa que qualquer criança ou pai pode suportar".
A fundadora e padroeira da organização, Julia Samuel, e também uma das melhores amigas de Diana, foi eleita pelo príncipe William e pela mulher, Catherine, para ser madrinha do príncipe George.
"Fez vinte e um anos no mês passado que a minha mãe participou no lançamento da «Child Bereavement Charity» (...) Quinze anos depois, tive a honra de ser convidado para ser o Patrono desta instituição de modo a continuar o compromisso da minha mãe para este local de caridade que me diz muito (...) ela estava determinada a ajudar aqueles que se encontravam em necessidade e de certeza que se sentiu muito orgulhosa - como eu me sinto - de tudo o que estas crianças órfãs alcançaram nestes últimos 21 anos”.
"Esta noite estamos a celebrar a enorme diferença, no sentido positivo, que esta instituição tem feito pelas famílias enlutadas em todo o país. Quando muitas pessoas ficam sem rumo quando perdem um amigo, a equipe da CBUK está pronta para abraçar estranhos no momento mais negro das suas vidas. Eu testemunhei em primeira mão a diferença que a CBUK fez - e continua a fazer – pela vida das famílias enlutadas.”
O Príncipe William, que agora trabalha no “East Anglian Air” (Serviço de emergência aérea) em Cambridgeshire, disse que ter filhos o ajudou a apreciar de uma forma mais humana o trabalho desta instituição de caridade que a sua mãe ajudou a criar.
Todos os anos, a instituição dá formação a quase 7000 profissionais, ajudando-os a prestar melhor auxilio às famílias enlutadas.
No Reino Unido, as estatísticas revelam que, a cada 22 minutos, morre um dos pais de uma criança menor de 18 anos - atingindo um número de 23.600 por ano. Mais de uma em cada cinco gestações termina em aborto - mais ou menos um quarto de milhão a cada ano.
Mas as confissões não se ficaram apenas pelo legado que a princesa Diana deixou.
Esta manhã, William regressou ao colégio St. John, em Cambridge, para abrir um novo arquivo. Foi aqui que, no ano passado, o príncipe fez um curso de agricultura de 12 semanas e foi o local eleito pelo duque de Cambridge para falar sobre os filhos.
Sobre Charlotte, de apenas cinco meses, gabou-lhe a elegância, o refinamento e os modos delicados. Há quem diga que, com o charme da mãe, Kate Middleton, e o sangue azul do seu pai, a menina está destinada a ser uma princesa perfeita.
Sobre o primogénito George, revelou-se mais duro, afirmando que o filho é um poço de energia, por vezes difícil de controlar.
Christopher Dobson, mestre da faculdade, apresentou ao Duque de Cambridge um livro infantil que este prometeu ler a George e Charlotte.
"Foi bom para recebê-lo. Temos boas lembranças da passagem dele por aqui. Foi um dos convidados mais acessíveis que já tivemos."