Covid-19: agência Moody’s aponta perspetiva estável para o setor retalhista europeu - TVI

Covid-19: agência Moody’s aponta perspetiva estável para o setor retalhista europeu

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  • 2 dez 2020, 15:26
Zona Euro

A perspetiva para o setor retalhista na Europa em 2021 “alinha-se com as expectativas de uma recuperação continuada do volume de vendas e do lucro do setor"

A agência de notação financeira Moody's apontou esta quarta-feira uma perspetiva estável para o setor de retalho europeu em 2021, prevendo uma recuperação dos níveis de vendas e lucro, que deverão contudo manter-se em níveis abaixo de 2019.

A perspetiva para o setor europeu de retalho é estável para 2021, com os efeitos da retoma da procura a serem balanceados por uma diluição das margens decorrente do aumento das vendas online ao longo dos próximos 12 a 18 meses”, lê-se numa nota de análise divulgada esta quarta-feira pelo Serviço de Investidores da Moody’s.

Citado no relatório, o vice-presidente e analista sénior do Serviço de Investidores da Moody’s explica que a perspetiva para o setor retalhista na Europa no próximo ano “se alinha com as expectativas de uma recuperação continuada do volume de vendas e do lucro do setor, embora estes indicadores vão continuar abaixo dos níveis de 2019”.

Neste contexto – acrescenta Francesco Bozzano - a recuperação será muito mais lenta para os retalhistas expostos a setores como o turismo e as viagens”.

Segundo a Moody’s, “questões relacionadas com a saúde pública e a segurança decorrentes da pandemia de covid-19, assim como as desigualdades crescentes, as tendência demográficas e outros desafios sociais terão também substanciais implicações ao nível do crédito no setor no próximo ano”.

Paralelamente, a agência refere que “as tendências de digitalização irão acelerar mudanças no retalho”: “A crescente quota das vendas online canibaliza as vendas das lojas físicas, diluindo as margens destes retalhistas. Adicionalmente, a digitalização das lojas, do marketing e das iniciativas de venda vai implicar custos adicionais antes de se traduzir em efetivas melhorias de eficiência para as empresas”, nota.

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