Novo presidente da Coreia do Sul disponível para visitar Coreia do Norte - TVI

Novo presidente da Coreia do Sul disponível para visitar Coreia do Norte

  • AR
  • 10 mai 2017, 08:01
Moon Jae-in

Pouco depois de ter prestado juramento no cargo, liberal Moon Jae-in disse que irá a Pyongyang, "se as condições estiverem reunidas"

O novo Presidente da Coreia do Sul, o liberal Moon Jae-In, afirmou esta quarta-feira estar disponível para visitar a Coreia do Norte caso estejam reunidas as condições para tal, pouco depois de ter prestado juramento no cargo.

Estou disponível para ir a qualquer lado, pela paz na península coreana: se necessário irei imediatamente a Washington [e] a Pequim e a Tóquio. Se as condições estiverem reunidas irei a Pyongyang", afirmou.

O liberal Moon Jae-in iniciou esta quarta-feira o mandato de cinco anos como Presidente da Coreia do Sul, poucos minutos depois de ser proclamado oficialmente vencedor das eleições antecipadas de terça-feira.

O liberal, de 64 anos, começou o mandato imediatamente depois de a comissão eleitoral sul-coreana ter confirmado a vitória nas presidenciais, às 08:00 (00:00 em Lisboa), e antes mesmo de prestar juramento no cargo, cuja cerimónia vai decorrer às 12:00 (04:00 em Lisboa) na Assembleia Nacional (parlamento).

Moon Jae-in, do Partido Democrático, venceu as eleições presidenciais antecipadas com 41,1% dos votos, contra os 24,03% obtidos por Hong Joon-pyo, do Partido da Liberdade (da anterior Presidente, Park Geun-hye), de acordo com os resultados oficiais.

No primeiro ato como Presidente, Moon ouviu, ao telefone, a apresentação de um relatório do chefe de Estado-Maior, o general Lee Sun-jin, de acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap.

Moon, que também assumiu o controlo das Forças Armadas, tem previsto reunir-se com os líderes dos partidos da oposição com assento no parlamento após prestar juramento no cargo.

Estas foram as primeiras presidenciais antecipadas desde que a Coreia do Sul voltou a realizar eleições democráticas, em dezembro de 1987, convocadas após a também inédita destituição de um Presidente eleito democraticamente.

Park Geun-hye, atualmente em prisão preventiva, foi destituída, a 10 de março, do cargo de Presidente devido ao escândalo de corrupção e de tráfico de influências, conhecido como "Rasputina".

Park, de 65 anos, declarou-se inocente das 18 acusações que pendem sobre si, incluindo abuso de poder e corrupção, e pelas quais arrisca uma pena que pode ir até prisão perpétua. O julgamento da ex-Presidente começou no início do mês.

A acusação considerou provado que Park criou, com a amiga Choi Soon-sil, conhecida como "Rasputina", uma rede através da qual pediu e obteve subornos de pelo menos três empresas - Samsung, Lotte e SK - no valor de cerca de 59.200 milhões de won (cerca de 48 milhões de euros).

O caso "Rasputina" abalou os alicerces políticos e económicos da Coreia do Sul, dado que entre os suspeitos detidos figuram presidentes de grandes empresas, como a Samsung, cujo líder, Lee Jae-yong, está em prisão preventiva desde fevereiro último.

Continue a ler esta notícia