Afeganistão: NATO matou nove polícias por engano - TVI

Afeganistão: NATO matou nove polícias por engano

Atentado em Cabul (EPA/LUSA)

Polícias e soldados afegãos e da NATO confundiram-se reciprocamente com talibãs

Nove polícias afegãos foram mortos no bombardeamento de um posto policial pelas forças da NATO na zona ocidental do Afeganistão, efectuado por engano, anunciaram as autoridades locais.

Intensos combates foram desencadeados de madrugada na província de Farah quando polícias, por um lado, e soldados afegãos e da NATO, por outro, se confundiram reciprocamente com talibãs, declarou o governador provincial adjunto, Mohammad Yunus Rasuli.

A polícia abriu fogo contra os soldados afegãos e da NATO, tendo o exército «pedido apoio aéreo à Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf), que bombardeou o posto de polícia matando nove agentes e ferindo outros cinco», precisou o responsável local.

O comandante da polícia para a zona ocidental do Afeganistão, Ikramuddin Yawar, confirmou estas informações e indicou ter enviado uma equipa de investigadores para o local.

«Esta noite, às 01:30, estoiraram confrontos entre o exército, a polícia e a Isaf, cada uma das partes supondo que os outros eram talibãs», explicou o oficial, confirmando o balanço de nove polícias mortos e cinco feridos.

O Ministério da Defesa e as forças internacionais indicaram que estão a analisar as informações disponíveis, mas não dispõem por enquanto de detalhes sobre o incidente.

As forças estrangeiras e afegãs, aliadas para combater a rebelião talibã no Afeganistão, têm sido por diversas vezes acusadas de deficiente coordenação, na sequência de episódios mortíferos ao atacarem-se reciprocamente por engano.

Os talibãs lançaram uma revolta mortífera desde que foram expulsos do poder no final de 2001 por uma coligação internacional chefiada pelos Estados Unidos.

A violência recrudesceu de intensidade nos últimos dois anos, apesar da presença de 70 mil soldados de duas forças multinacionais, uma da NATO (Isaf) e a outra sob comando dos Estados Unidos, denominada «Operação Liberdade Imutável».
Continue a ler esta notícia