Ameba que se alimenta de cérebros mata 10 pessoas - TVI

Ameba que se alimenta de cérebros mata 10 pessoas

Cérebro

Habitantes de Karachi usam água contaminada para limpar as narinas

Uma espécie rara de ameba que se alimenta de tecido cerebral provocou, desde maio, a morte de 10 pessoas na cidade de Karachi, Paquistão.

De acordo com um relatório, citado pela BBC, a fonte da parasita ainda está por descobrir mas pensa-se que as vítimas tenham sido contaminadas através da água com que limparam as fossas nasais.

A ameba Naegleria Fowleri vive em águas paradas e em ambientes húmidos e o seu nível de propagação é maior quanto mais alta for a temperatura.

As forças oficiais vão agora aumentar a quantidade de cloro nas águas que abastecem a cidade.

Shakeel Mallick, funcionária do departamento de saúde regional, afirma que as vítimas são 9 homens e uma criança de apenas quatro anos.

Em declarações à BBC, Mallick afirmou que os vários hospitais do Paquistão aumentarão a vigilância para casos semelhantes que possam surgir ou que permaneçam por detetar.

Quando infetadas pelo micro-organismo, as pessoas apresentam sintomas como febre, náuseas, vómitos e dores de cabeça.

A morte ocorre entre cinco a sete dias após a infeção. A ameba não é passada de um indivíduo para o outro e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a taxa de mortalidade causada pela espécie é de mais de 98%.

Apesar de a ameba ser principalmente encontrada em piscinas e lagos, apenas um dos mortos teria recentemente frequentado estes locais. A hipótese mais viável é que a ameba tenha viajado até ao cérebro das vítimas através das fossas nasais, uma vez que nos países mulçumanos é um hábito comum colocar água nas narinas para as limpar.

Segundo a BBC, Musa Khan, da OMS, alertou que «as pessoas devem garantir que a água seja tratada de forma adequada. Evitar mergulhar em águas muito profundas também é outro cuidado necessário. Aqueles que apresentarem os sintomas devem procurar ajuda imediatamente.

Numa campanha de aviso é também sugerido que a água utilizada para limpar as fossas nasais seja fervida ou então tratada com cloro.
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