Cães da polícia matam crianças na Coreia do Norte - TVI

Cães da polícia matam crianças na Coreia do Norte

Kim Jong Un, líder da Coreia do Norte

Animais atacaram cinco crianças que regressavam da escola

Um ex-guarda de um campo de concentração da Coreia do Norte afirmou que cinco crianças foram atacadas por cães de guarda dos campos de concentração. As crianças regressavam da escola e três acabaram por morrer no local. As outras duas foram enterradas vivas.

«Eram três cães e mataram cinco crianças. Mataram três das crianças imediatamente», afirmou.

As declarações de Ahn Myong-Chol aconteceram numa conferência em Genebra onde o ex-guarda deu o seu testemunho sobre as violações dos direitos humanos na Coreia do Norte.

«Depois de escaparem dos seus tratadores, os cães atiraram-se às crianças que regressavam da escola. Três tiveram morte imediata. Os guardas enterraram vivas as outras duas, que respiravam com dificuldade», afirmou, acrescentando que no dia «os guardas, em vez de sacrificar os cães, recompensaram-nos com uma comida especial».

O Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas vai examinar, em março, um relatório sobre as violações daqueles direitos por Pyongyang.

«As pessoas não são tratadas como seres humanos»

«Nos campos, as pessoas não são tratadas como seres humanos... São como moscas que podem ser esmagadas», afirmou Ahn, que fugiu da Coreia do Norte em 1994.

O ex-guarda fugiu para a Coreia do Sul, onde se refugiou, depois de ter trabalhado em quatro campos de concentração denominados «zonas de controlo total». Nestes campos de concentração, os prisioneiros são obrigados a trabalhar de 16 a 18 horas por dia, dormem quatro ou cinco horas e recebem três vezes por dia 100 gramas de comida.

«Todos os dias alguém morre de fome, de esgotamento ou por acidente», revelou Ahn, acrescentando que muitos deixavam escapar de propósito os prisioneiros para os matarem e obterem recompensa. «Tínhamos o direito de matá-los e se trouxéssemos o corpo, podíamos receber como recompensa ir para a universidade».

«Estes horrores continuam» e a população «está paralisada com medo» de Kim Jong-un.

Na Coreia do Sul, Ahn coopera, há três anos, com a ONG «Libertem o gulag norte-coreano».
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