Moçambique: pelo menos 40 mortos em naufrágio na província de Cabo Delgado - TVI

Moçambique: pelo menos 40 mortos em naufrágio na província de Cabo Delgado

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  • 3 nov 2020, 17:15
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Barco levava 72 pessoas e naufragou por volta das 11:00

Pelo menos 40 pessoas morreram na sequência do naufrágio de uma embarcação à vela entre as ilhas do Ibo e Matemo, no norte de Moçambique, disse à Lusa o autarca da capital provincial de Cabo Delgado.

A embarcação, que saía de Palma com destino à Pemba, levava 72 pessoas e naufragou por volta das 11:00 (menos duas horas em Lisboa) no domingo devido ao mau tempo e ao excesso de carga, disse o presidente do Conselho Autárquico de Pemba, Florete Simba Motarua.

"No local, perderam a vida 40 pessoas e 32 pessoas salvaram-se. Normalmente aqueles barcos levam 30 passageiros", declarou Florete Simba Motarua.

Outras fontes locais disseram hoje à Lusa que um número desconhecido de corpos foi encontrado nas margens da ilha do Ibo, o mesmo local onde alguns sobreviventes procuraram refúgio depois do naufrágio.

Segundo o presidente do Conselho Autárquico de Pemba, a análise preliminar não esclarece se entre os passageiros estavam deslocados devido a violência armada no norte da província de Cabo Delgado.

A capital de Cabo Delgado está desde meados de outubro a receber uma vaga de deslocados, que viajam em barcos precários à Pemba, devido a novos ataques em distritos mais a norte daquela província do norte de Moçambique.

No total, segundo dados oficiais, chegaram a Pemba cerca de 11.200 deslocados desde 16 de outubro e as autoridades municipais alertam para a falta de espaço para receber novas pessoas.

De acordo com o autarca, Florete Simba Motarua, "a cidade de Pemba tinha mais de 204 mil habitantes, segundo o último censo geral da população", em 2017, "mas neste momento há mais de 300.000".

A província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, é palco há três anos de ataques armados desencadeados por forças classificadas como terroristas.

Há diferentes estimativas para o número de mortos, que vão de mil a 2.000 vítimas.

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