Bangladesh: pelo menos duas pessoas morreram à margem das eleições - TVI

Bangladesh: pelo menos duas pessoas morreram à margem das eleições

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  • 30 dez 2018, 09:41
Eleições no Bangladesh

Uma pessoa morreu quando a polícia abriu fogo contra simpatizantes da oposição na cidade de Bashkhali, no sul do país, e um cidadão afeto do partido no poder foi espancado até a morte no distrito de Rangamati

Pelo menos duas pessoas foram mortas hoje e três ficaram feridas durante confrontos à margem das eleições no Bangladesh, segundo a polícia local, depois de uma campanha atormentada pela violência.

Depois da abertura das urnas às 08:00 (02:00 em Lisboa), uma pessoa morreu quando a polícia abriu fogo contra simpatizantes da oposição na cidade de Bashkhali, no sul do país, e um cidadão afeto do partido no poder foi espancado até a morte no distrito de Rangamati, informou a polícia.

Desde 24 de dezembro, as autoridades do país mobilizaram mais de 600 mil soldados do Exército, da Marinha e da Guarda Nacional, segundo a Comissão Eleitoral.

Mais de 100 milhões de eleitores do Bangladesh elegem hoje um novo governo, com as sondagens a indicarem que pode sair vencedora a primeira-ministra cessante, Sheikh Hasina.

A oposição uniu-se e apresenta Kamal Hossain, 82 anos, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, para enfrentar a favorita Sheikh Hasina, 71 anos.

As 11.ª eleições desde que o Bangladesh ganhou a independência do Paquistão em 1971, poderão dar a Hasina um quarto mandato de cinco anos, e o terceiro consecutivo desde 2008, um recorde na história do país.

Desde a abertura oficial da campanha, a 8 de novembro, foram mortos no total três partidários da Liga Awami (no poder), segundo a polícia, e oito do Partido Nacionalista do Bangladesh (BNP, principal formação da oposição), de acordo com este.

Cerca de 13.000 militantes da oposição foram detidos nas últimas semanas e metade dos seus candidatos foram atacados fisicamente, segundo os dados da oposição.

A representação diplomática dos Estados Unidos no Bangladesh expressou na quinta-feira a sua “preocupação face ao nível elevado de violência eleitoral nas duas últimas semanas”.

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