Covid-19: da cultura à política, as figuras públicas que não resistiram à doença - TVI

Covid-19: da cultura à política, as figuras públicas que não resistiram à doença

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  • 16 abr 2020, 19:58
Coronavírus

Pandemia de covid-19 já provocou mais de 137 mil mortos e infetou mais de dois milhões de pessoas em 193 países e territórios, entre eles várias figuras públicas

O escritor Luis Sepúlveda, que morreu aos 70 anos, integrou esta quinta-feira a lista de figuras públicas internacionais que morreram até à data vítimas da infeção pelo novo coronavírus, existindo outras que ainda permanecem hospitalizadas ou em isolamento.

Da cultura à política, passando também pelo mundo da moda e do desporto e por casas reais europeias, a pandemia de Covid-19 atingiu igualmente várias personalidades conhecidas à escala global, sendo que algumas já estão a recuperar da doença.

A morte do escritor chileno Luis Sepúlveda, autor de obras como "O Velho que Lia Romances de Amor" e "História de Uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar", foi confirmada pela Porto Editora.

Sepúlveda estava internado desde finais de fevereiro num hospital de Oviedo, em Espanha, onde foi diagnosticado com a doença covid-19. Os primeiros sintomas ocorreram dias antes, quando esteve no festival literário Correntes d'Escritas, na Póvoa de Varzim, no norte de Portugal.

No início do mês, em 3 de abril, foi anunciada a morte do designer italiano Sergio Rossi, de 85 anos, também vítima de complicações provocadas por Covid-19.

O designer morreu na cidade italiana de Cesena, onde se encontrava hospitalizado.

O músico norte-americano de jazz Ellis Marsalis, de 85 anos, patriarca de uma família de grandes nomes do jazz, também morreu infetado pelo novo coronavírus, em 1 de abril.

O senegalês Pape Diouf, de 68 anos, antigo dirigente da equipa de futebol francesa Olympique de Marselha, foi outra personalidade que contraiu a covid-19, tendo morrido em 31 de março.

No mesmo dia, em 24 de março, eram anunciadas as mortes de outras duas personalidades do mundo da cultura: o saxofonista camaronês Manu Dibango (86 anos), estrela do afro jazz e inspiração de várias gerações de músicos, e o dramaturgo norte-americano, Terrence McNally, de 81 anos.

Dias antes, em 21 março, os ‘media’ internacionais tinham noticiado a morte do antigo presidente do clube de futebol espanhol Real Madrid Lorenzo Sanz, aos 76 anos.

Num mundo da política, em 30 de março, foi divulgado que o antigo Presidente da República do Congo Jacques Joachim Yhombi-Opango, no poder entre 1977 e 1979, tinha morrido em França, aos 81 anos, também vítima da doença.

Ainda na política, Patrick Devedjian, antigo ministro e figura da direita francesa de 75 anos, também foi vítima da infeção pelo novo coronavírus e o óbito foi anunciado na madrugada de 29 de março.

Outras personalidades permanecem até ao momento hospitalizadas por causa do novo coronavírus.

É o caso da cantora britânica Marianne Faithfull, 73 anos, ícone da década de 1960, que foi hospitalizada em 4 de abril em Londres.

Já em França, o cantor Christophe, de 74 anos, foi hospitalizado em 26 de março num hospital em Paris, estando atualmente numa unidade médica em Brest, na região norte.

Após uma semana de internamento, incluindo nos serviços de cuidados intensivos num hospital londrino, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que foi diagnosticado com Covid-19 em 27 de março, teve alta hospitalar no passado dia 12 de abril.

O governante prossegue com a convalescença na residência de campo de Chequers, a noroeste de Londres.

Diagnosticado em 19 de março com Covid-19, o negociador da União Europeu (UE) para o ‘Brexit’ (saída do Reino Unido do bloco comunitário), Michel Barnier, recuperou da doença e retomou funções na terça-feira.

O seu homólogo britânico, David Frost, também foi infetado pelo novo coronavírus.

Igualmente diagnosticados positivamente, mas registando apenas sintomas ligeiros da doença, o príncipe Carlos, herdeiro da coroa britânica, e o príncipe Alberto do Mónaco já concluíram o período de quarentena.

Um dos primeiros casos mediáticos de contágio da doença covid-19 foi o ator norte-americano Tom Hanks e a sua mulher, a também atriz e cantora Rita Wilson. Depois de duas semanas de isolamento na Austrália, os dois já regressaram a Los Angeles (Estados Unidos).

O ator britânico Idris Elba anunciou também, em 31 de março, o fim do seu período de quarentena após diagnóstico positivo.

Infetados igualmente, o antigo presidente finlandês e prémio Nobel da Paz (2008) Martti Ahtisaari, de 82 anos, e a sua mulher já estão recuperados e deixaram de estar em isolamento desde terça-feira passada.

Os jogadores da equipa de futebol Juventus, Blaise Matuidi e Deniele Ruigani, que foram diagnosticados em março, anunciaram na quarta-feira estar recuperados.

A equipa de Cristiano Ronaldo não forneceu informações sobre Paulo Dybala, que também foi diagnosticado com a covid-19 em 21 de março.

Ainda no mundo do futebol, no AC Milan, Paolo Maldini e o seu filho Daniel também estão recuperados, bem como o treinador do Arsenal Mikel Arteta.

Entre os 14 jogadores da NBA (liga norte-americana de basquetebol) infetados pelo novo coronavírus, Rudy Gobert, Donovan Mitchell, Christian Wood e Marcus Smart confirmaram estar curados.

O tenor espanhol Placido Domingo, de 79 anos, igualmente diagnosticado com covid-19, teve alta hospitalar em 30 de março.

Os cantores franceses Patrick Bruel e Charlélie Couture anunciaram, no início do mês de abril, também terem recuperado.

Nas últimas semanas, também foram relatados alguns casos de personalidades que tiveram de cumprir um período de quarentena preventiva.

Por exemplo, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, cumpriu um período de quarentena depois do anúncio, em março, que a sua mulher Sophie, entretanto curada, estava infetada com o novo coronavírus.

Justin Trudeau continuou a exercer as suas funções em teletrabalho.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 137 mil mortos e infetou mais de dois milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 450 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 629 pessoas das 18.841 registadas como infetadas.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

O surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

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