Praia de Copacabana enche-se de campas depois do Brasil ultrapassar as 40 mil mortes de Covid-19 - TVI

Praia de Copacabana enche-se de campas depois do Brasil ultrapassar as 40 mil mortes de Covid-19

Um protesto simbólico de uma Organização Não Governamental - Rio de Paz - que decidiu abrir uma centena de campas na praia com o objetivo de denunciar os erros do governo de Bolsonaro na gestão da crise pandémica

Na manhã desta quinta-feira, a praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, encheu-se de campas abertas, precisamente no dia em que o Brasil ultrapassou as barreiras das 40 mil vítimas mortais e dos 800 mil casos de Covid-19. 

Tratou-se de um protesto simbólico de uma Organização Não Governamental (ONG) - Rio de Paz - que decidiu abrir uma centena de campas na praia com o objetivo de denunciar os erros do governo de Bolsonaro na gestão da crise pandémica.

Porquê tanta gente morta? Não há a mínima dúvida que está relacionado com a incompetência do governo federal e também com o péssimo exemplo dado pelo presidente da república", afirmou o presidente da ONG, António Carlos Costa.

De acordo com o G1, desta iniciativa fizeram parte cerca de 40 voluntários. Iniciaram o trabalho por volta das 04:00 da manhã, colocaram cruzes, penduraram bandeiras e fixaram cartazes com mensagens como: "Brasil, país das covas". Estas campas serviram também para assinalar a lotação dos cemitérios no país. 

O que nós esperamos com a manifestação é uma mudança desta situação de crise. O que mais poderia ajudar agora é conhecer o cronograma, saber o que vai acontecer daqui a um, dois meses, para onde é que o país está a ir. Mas não há metas, não há planeamento. Não houve um único momento em que o presidente da república tenha expressado compaixão e solidariedade pelos que estão a sofrer", acrescentou.

Durante o protesto houve alguns apoiantes de Bolsonaro que, não concordando com o que se estava a passar, decidiram invadir a praia e retirar as cruzes da areia. 

As autoridades estão a reagir como crianças, infelizmente", referiu Pedro Paulo Costa, um dos manifestantes. 

Recorde-se que, nas últimas 24 horas, o Brasil registou 1.239 mortos pela Covid-19, totaliza agora 40.919 vítimas mortais desde o início da pandemia no país, informou na quinta-feira o Ministério da Saúde brasileiro.

Relativamente aos casos confirmados, o país sul-americano somou 30.412 novos infetados nas últimas 24 horas, tendo ultrapasso a barreira dos 800 mil casos, num total 802.828. 

Uma projeção da Universidade de Washington acredita que o Brasil vai ultrapassar o número de mortos dos Estados Unidos no final de julho, tornando-se, assim, o país do mundo com mais vítimas mortais provocadas pela pandemia de Covid-19. 

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