Quatro acusados por suicídio assistido - TVI

Quatro acusados por suicídio assistido

Quatro acusados por suicídio assistido

EUA: desconhece-se quantas mortes estão a ser investigadas

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Uma investigação alargada a uma rede de suicídio assistido levou a acusar quatro pessoas em nove Estados norte-americanos e as autoridades estão agora a tentar perceber quantas mortes podem estar em questão, refere a Lusa.

Quatro membros da rede «Saída Final» foram acusados quarta-feira de ajudar um homem de 55 anos do Estado da Geórgia a pôr fim aos seus dias inalando hélio.

O grupo assiste os que querem acabar com a vida e cede aos que procuram a eutanásia um guia que lhe dá instruções para a compra de dois novos tanques de hélio e um capuz, conhecido como «saco da morte», disse a polícia de investigação da Geórgia.

Não se sabe, por ora, quantas mortes estão a ser investigadas pelas autoridades, nomeadamente o FBI (polícia federal) mas as autoridades no Arizona estão a investigar se uma morte naquele Estado envolveu o grupo.

Os membros do grupo de Thomas E. Goodwin, que foi identificado como presidente da organização, e Claire Blehr, foram ambos detidos quarta-feira numa casa no Norte da Geórgia. As detenções surgiram na sequência de uma operação na qual um agente infiltrado se identificou como membro do grupo.

As autoridades do Maryland prenderam o director médico da organização, Lawrence D. Egbert, 81 anos, de Baltimore, e Nicholas Alec Sheridan, um homem de Baltimore que é coordenador regional do grupo.

Os quatro foram acusados de suicídio assistido, falsificação de provas e violação de lei da Geórgia.

As acusações que impendem contra eles têm a ver com a morte em Junho de 2008 de John Celmer num suicídio assistido em Cumming, Norte de Atlanta.

Betty Celmer, a mãe do homem disse que o filho sofreu durante anos com um cancro na garganta e na boca, foi operado várias vezes e outras cirurgias estavam na forja.

«Eu sei que ele estava deprimido, telefonava-me todos os domingos», disse Celmer, que tem 85 anos. Admitiu ter suspeitas sobre a sua morte e disse que os irmãos sempre negaram que tivesse sido suicídio.

Defendeu que se o grupo ajudou o filho não deve ser incriminado por isso.

«Se eles ajudaram o John a morrer, isso era o que ele queria. Eu nunca os consideraria culpados por o terem ajudado», disse.

As autoridades emitiram mandados de busca para 14 locais no Arizona, Georgia, Florida, Maryland, Michigan, Ohio, Missouri, Colorado, e Montana. As buscas envolveram um escritório do grupo na Geórgia e uma empresa em Montana referenciada pelas autoridades como tendo fornecido ao grupo artigos usados nos suicídios.
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