Violência no Brasil matou o equivalente à população de uma Lisboa e meia - TVI

Violência no Brasil matou o equivalente à população de uma Lisboa e meia

  • SS
  • 12 dez 2017, 11:43
Favela da Rocinha no Brasil cercada por militares

O jornal O Globo fez um retrato avassalador da violência no maior país da América Latina

Em 15 anos, a violência no Brasil matou o equivalente à população de uma Lisboa e meia e fez mais mortos do que a guerra civil da Síria. As comparações constam num trabalho de análise do jornal O Globo, que fez um retrato avassalador da violência no maior país da América Latina.

Desde março de 2011, a guerra civil na Síria já fez 330.000 mortos. No Iraque, a guerra também já fez 268.000 mortos desde 2003. Mas, segundo O Globo, o país que mais mata no século XXI é mesmo o Brasil. São 786.870 homicídios registados entre 2001 e 2015.

Os dados são do Ministério da Saúde do Brasil e foram apresentados pelo Globo num vídeo de 14 minutos, divulgado esta segunda-feira. O jornal compara os números da violência no Brasil com os números relativos a conflitos internacionais e estabelece ainda o paralelo com as populações de conhecidas cidades. Nesses 15 anos, a violência no Brasil matou o equivalente à população de Frankfurt ou à de Sevilha.

As estatísticas mostram que as mortes no Brasil tornaram-se banais no século XXI. Todos os dias há histórias de homicídios nos noticiários dos quatro cantos do país”, sublinha o narrador.

De acordo com estas estatísticas, só em 2014 ocorreram mais de 60 mil homicídios. Para se ter uma ideia da dimensão do problema, este número é superior à soma de todos os homicídios verificados nos restantes países da América do Sul. 

Os dados indicam ainda que 70% dos homicídios são provocados por armas de fogo e são contra negros. Mais de metade das vítimas são crianças ou jovens: 440 mil vítimas tinham no máximo 29 anos, 1303 eram bebés.

O vídeo denuncia a falta de políticas públicas que encarem o problema da segurança com prioritário, lembrando que durante o período retratado o país teve quatro presidentes e quatro planos de segurança que falharam em atacar a raiz do problema. 

 

Continue a ler esta notícia