Novos confrontos na prisão brasileira de Alcaçuz - TVI

Novos confrontos na prisão brasileira de Alcaçuz

  • Redação
  • PP (atualizado às 16:48)
  • 19 jan 2017, 15:10

Até ao momento não há registo oficial de mortes, apenas de feridos. Reclusos de gangues diferentes voltaram a ocupar o telhado do estabelecimento prisional e atacar os rivais. Governador do estado brasileiro do Rio Grande do Norte pediu o envio imediato de militares para controlar situação

Vários reclusos da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, voltaram, esta quinta-feira, a subir ao telhado do estabelecimento prisional. Pouco tempo depois, segundos os jornais brasilereiros, terão começado os confrontos entre gangues rivais com membros detidos naquela prisão. Até ao momento, não há registo de mortes, apenas de feridos.

Segundo o portal de notícias da Globo, o G1, os reclusos usaram pedras, barras de ferro e vigas de madeira. Montaram barricadas e usam o que podem para atacar “os rivais”. A Polícia Militar está no local, mas no exterior. Foi obrigada a disparar para tentar controlar o incidente e afastar os grupos envolvidos no confronto, mas terá surtido pouco efeito. Alguns jornalistas, afirmam ter visto reclusos feridos a serem transportados em carinhos de carga no interior da prisão.

Apesar de não ser oficial a existência de mortos, o G1 cita uma fonte da Polícia Militar que garante haver vítimas mortais, mas escusou avançar um número. A mesma fonte terá ainda acrescentado que entre os feridos se encontra o diretor da prisão, atingido de raspão por uma bala, e que o detidos estão de fato na posse de armas.

Este incidente terá ocorrido já depois da polícia de choque ter entrado no estabelecimento prisional para transferir cerca de 220 reclusos de Alcaçuz para outra prisão na periferia de Natal. No entanto, a deslocação dos reclusos acabou por não se concretizar na totalidade, devido a uma ordem judicial, que reverteu a decisão. Também esta noite há registo de vários autocarros foram incendiados a poucos quilómetros de Alcaçuz.

Recorde-se que um motim no fim de semana passado vitimou mortalmente, pelo menos, 26 pessoas. Desde sábado que os incidentes têm sido quase diários. Com as autoridades sempre em alerta.

Neste caso, os grupos de crime organizado em conflito são o  PCC – Primeiro Comando Capital - e o Sindicato do Crime do RN.
Desde terça-feira que as duas fações estão a ocupar o espaço comum que liga os pavilhões da prisão de Alcaçuz. Estão em lados opostos e a tensão tem sido grande. O cenário parece quase de guerra.

A sobrelotação e a falta de condições das prisões brasileiras não explicam os recentes “banhos de sangue” que roubam a vida a dezenas de reclusos. Quem conhece de perto esta realidade, fala em guerra organizada de gangues.

Entretanto, o governador de Rio Grande do Norte, Robinson Faria, anunciou que pediu o "envio imediato" de efetivos militares para conter os motins e revoltas nas ruas e prisões daquele Estado brasileiro.

"Eu perguntei (...) ao Presidente Michel Temer se ele permite o embarque imediato, hoje, das forças armadas do exército e da marinha para patrulhar as ruas de Natal [capital do Rio Grande do Norte]", disse o governador em entrevista à rádio CBN

 

 

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