Uma mulher francesa, presa por, supostamente, ter feito um vídeo nua numa ponte sagrada na Índia, pediu desculpas estes domingo, mas negou estar completamente nua e disse que o objetivo era chamar a atenção para o assédio sexual, segundo a agência AFP.
“A primeira coisa que quero dizer é que lamento que minhas ações tenham ferido a comunidade local”, assegurou, em comunicado à AFP, Marie-Helene. "Eu não estava ciente das especificidades culturais."
A polícia indiana disse, no sábado, que a jovem de 27 anos - identificada como Marie-Helene - enfrenta acusações, de acordo com as leis de internet do país, depois de postar imagens suas na Lakshman Jhula, uma ponte pedonal sobre o rio Ganges – sagrada para os peregrinos hindus - que ficou famosa graças aos Beatles em 1960 e que continua a ser uma atração para mochileiros e praticantes de ioga.
"Ela disse-nos que vende colares de contas on-line e que o objetivo das fotos era promover o seu negócio", afirmou R.K Saklani, chefe da polícia local.
Mas em comunicado à AFP, Marie-Helene disse que não havia ninguém por perto quando ela realizou a filmagem, e fez isso para aumentar a consciencialização sobre o assédio na Índia.
"Eu escolhi despir-me, parcialmente, sobre Lakshman Jhula porque cada vez que passava a ponte sentia que estava a ser assediada. As mulheres indianas e outras mulheres viajantes certamente passaram pela mesma experiência", escreveu.
“O objetivo principal era ajudar as mulheres indígenas oprimidas a terem acesso à educação e a abandonarem casamentos ou situações abusivas, onde não há outras opções ou ajuda”.
A polícia disse que Marie-Helene foi presa na quinta-feira e liberada sob fiança. O seu telemóvel foi apreendido no âmbito da investigação.
As autoridades disseram que foram alertadas depois da filmagem ter sido postada nas redes sociais.