O documento, com 27 perguntas e respetivas respostas, foi analisado pelos investigadores do Instituto de Investigação para o Médio Oriente, sediado em Washington, Estados Unidos.
As regras para o tratamento das escravas colocam as reféns praticamente à mercê dos desejos dos seus donos.
«É permitido ter relações sexuais com a mulher imediatamente depois de esta ser raptada, desde que a escrava seja virgem. Se não for, o seu útero tem de ser purificado primeiro», lê-se na resposta a uma das questões.
Outra das respostas esclarece que as menores podem ser violadas, desde que estejam aptas a ter relações sexuais, embora esta aptidão não seja especificada.
«É permitido ter relações sexuais com uma escrava que ainda não tenha chegado à puberdade se ela estiver apta para o ato.»
Os jihadistas explicam ainda, através deste panfleto, que os seus seguidores podem raptar mulheres não muçulmanas, destacando as judias e as cristãs, e frisando que tudo o que é preciso para que alguém possa ser escravo é não acreditar no Islão.
O investigador Charlie Winter explicou, em declarações ao «Independent» que «este conteúdo, apesar de repugnante e chocante, não é uma surpresa» porque se sabe «que as ideologias do EI têm justificado e legitimado a escravatura no passado».
O mês passado, o Centro de Investigação da Universidade de Bristol revelou que mais de 2500 mulheres tinham sido raptadas pelo Estado Islâmico e que cerca de 4600 estavam desaparecidas na Síria e no Iraque.