Real pelo recorde e River em cima da hora no Mundial com fim à vista - TVI

Real pelo recorde e River em cima da hora no Mundial com fim à vista

Real Madrid-Grémio (Reuters)

Campeonato do Mundo de clubes arranca esta quarta-feira nos Emiratos Árabes Unidos, quando a FIFA estuda alteração à competição que junta os campeões continentais. Os favoritos, os três estreantes e o calendário

O River Plate venceu a Taça Libertadores no domingo e nem teve tempo para voltar a casa e festejar. De Madrid a equipa embarcou rumo a Abu Dhabi logo na segunda-feira, porque o triunfo sobre o Boca Juniors no Superclásico que foi desviado para Espanha lhe deu também o bilhete para o Mundial de clubes. O campeão sul-americano fechou o elenco da competição que começa nesta quarta-feira e tem fim à vista no atual formato.

Também no domingo, a poucos dias de começar o Mundial de clubes nos Emiratos Árabes Unidos, a FIFA reuniu pela primeira vez a «task force» que vai analisar uma nova competição para substituir a que existe atualmente e tem década e meia de existência.  Um grupo que reúne representantes das várias confederações e que irá, segundo a FIFA, estudar formato, número de equipas, calendário. Para um novo Mundial de clubes e para uma Liga das Nações de seleções global, outra das ideias que a FIFA quer fazer avançar. Esta task force volta a reunir-se em janeiro e vai apresentar as propostas ao Conselho da FIFA em março de 2019.

Portanto isto vai voltar a mudar. Por enquanto, o Mundial de clubes 2018 joga-se no formato dos últimos anos, com início em 2005, quando substituiu a Taça Intercontinental, depois de uma primeira edição experimental em 2000.  

São sete equipas, com os representantes europeu e sul-americano a entrarem em campo apenas nas meias-finais, até lá três jogos para decidir quem serão os seus adversários. São os crónicos candidatos, os únicos continentes que ganharam troféus na competição. Ainda assim, com claro ascendente europeu.

O Real Madrid vai à procura do terceiro título consecutivo, que seria o quarto e o tornaria no clube com mais troféus na competição (para já está em igualdade com o Barcelona). Já é o clube mais titulado se incluirmos nas contas o palmarés da Taça Intercontinental, extinta em 2004, quando o FC Porto venceu o Once Caldas para se tornar no último vencedor da prova. O River Plate nunca venceu a competição neste formato e tem apenas um triunfo na Intercontinental, em 1986. Esteve na final do Mundial de clubes em 2015, que perdeu para o Barcelona.

Os Millonarios vão tentar inverter uma tendência claramente favorável à Europa, que tem 10 em 14 títulos. Desde 2012 que a vitória não vai para a América do Sul. Além disso, nunca houve um vencedor argentino: os quatro títulos sul-americanos são de clubes brasileiros.

O Mundial de clubes, juntando os seis campeões continentais mais um clube da casa, tem portanto um formato não convencional, com um jogo preliminar que põe frente a frente o representante da Oceânia e um representante do país anfitrião. São dois estreantes e é uma enorme proeza para o Team Wellington, um clube semi-profissional criado apenas em 2004, que venceu a Liga dos Campeões da Oceânia quebrando uma série de sete triunfos do Auckland City e fará aqui o primeiro jogo da sua história frente a uma equipa de outro continente.

O Al Ain, por sua vez, chega aqui como campeão dos EAU, à procura de uma surpresa. Não terá Ruben Ribeiro - o jogador português que rescindiu com o Sporting no verão assinou em outubro mas, no meio do processo que lhe foi movido pelos «leões», não entra nas contas para o Mundial de clubes – mas tem Caio Lucas, avançado brasileiro que tem sido associado ao interesse do FC Porto.

Depois só volta a jogar-se no sábado. Quem ganhar este jogo vai defrontar o Esperance Tunis, campeão africano, no encontro que definirá o adversário do River Plate. No mesmo dia defrontam-se os japoneses do Kashima Antlers, campeões asiáticos à procura de repetir o feito de 2016, quando chegaram à final e só cairam frente ao Real Madrid no prolongamento, e os mexicanos do Chivas Guadalajara. A equipa onde joga o guarda-redes Raul Gudino, ex-FC Porto, foi campeã da Concacaf e estará pela primeira vez no Mundial de clubes. Quem ganhar defronta o Real Madrid na meia-final, daqui por uma semana.

Calendário do Mundial de clubes:

Quarta-feira, 12 de dezembro

Play-off: Al Ain-Team Wellington (Jogo 1), 15:30

Sábado, 15 de dezembro

Segunda fase: Kashima Antlers-Chivas (Jogo 3), 13:00

Segunda fase: Espérance de Tunis-Al Ain/Team Wellington (Jogo 2), 16:30

Terça-feira, 18 de dezembro

Jogo para o quinto e sexto lugares, 13h30

Meia-final: River Plate-Vencedor Jogo 2, 16:30

Quarta-feira, 19 de dezembro

Meia-final: Vencedor Jogo 3-Real Madrid, 16:30

Sábado, 22 de dezembro

Jogo terceiro e quarto lugares, 13h30

Final, 16h30

Continue a ler esta notícia