Chamava-se Eleazar Benjamín Blandón Herrera, tinha 42 anos e era um trabalhador sazonal de uma plantação de melancias, em Múrcia, Espanha, à semelhança de muitos outros.
Mas a sua história é agora notícia e não é pelas melhores razões. O homem sofreu um golpe de calor e morreu após ter trabalhado 11 horas seguidas, sob temperaturas que, naquele dia, ultrapassavam os 44 graus, sem que pudesse beber água para se hidratar.
A história foi denunciada pela família, que contou ao jornal El País, que Eleazar já se tinha queixado das condições de trabalho a que estava sujeito.
“Um dia ele ligou-me a chorar: 'Aqui eles humilham-nos. Eles me chamam-me burro, gritam comigo, dizem que sou lento. Eles atiram-nos pó à cara”, contou a irmã de Herrera.
De acordo com a família, o homem terá falado com alguns colegas de trabalho que não o ajudaram quando se começou a sentir mal.
Segundo o jornal, o dono da plantação foi detido e não prestou qualquer comentário sobre o caso.
Blandón chegou a Bilbau em outubro do ano passado, deixando na Nicarágua, o seu país de origem, quatro filhos e a mulher grávida de cinco meses.