Um museu na Indonésia incentivava os visitantes a tirarem selfies com uma estátua de cera de Hitler, à frente de um cenário de Auschwitz com a famosa entrada “Arbeit Macht Frei”.
A figura de cera estava exposta desde 2014, mas uma recente reportagem da Associated Press, com queixas de ativistas, ditou a sua retirada.
Agora, no museu De Mata Trick Eye, em Jogjacarta, já não se vê nem Hitler, nem o mais famoso dos campos de concentração - onde morreram mais de um milhão de pessoas -, nem a mensagem “O trabalho liberta”.
Mas, antes da reportagem, o responsável pelo marketing do museu dizia que esta era “uma das figuras favoritas dos visitantes para tirar selfies”.
“Nenhum visitante se queixou. A maioria diverte-se, porque sabe que isto é só um museu de entretenimento.”
Confrontada com a exposição, a Human Rights Watch considerou-a “doentia” e sublinhou a sua preocupação com o crescimento do antissemitismo na Indonésia.
“Tudo está errado. É difícil encontrar palavras para o quão desprezível é. O cenário é desprezível. Goza com as vítimas que lá entraram, mas que nunca saíram”, afirmou também Abraham Cooper, responsável do Centro Simon Wiesenthal, que se dedica a combater a negação do Holocausto e o antissemistismo.
O museu De Mata Trick Eye tem cerca de 80 estátuas de cera de celebridades.
Ao lado do agora espaço em branco onde antes estava Hitler, encontram-se Darth Vader e o atual presidente indonésia, Joko Widodo.