Paquistão: Benazir Bhutto saiu da sua residência - TVI

Paquistão: Benazir Bhutto saiu da sua residência

  • Portugal Diário
  • 10 nov 2007, 10:32

Ex-primeira-ministra foi mantida sob detenção domiciliária para impedir que liderasse manifestação contra presidente Musharraf

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A ex-primeira-ministra paquistanesa Benazir Bhutto saiu hoje da sua casa em Islamabad, depois de sexta-feira a polícia a ter mantido sob detenção domiciliária para impedir que liderasse uma manifestação contra o presidente Perez Musharraf.

Benazir Bhutto esteve impedida de sair da sua residência na sexta-feira, quando se preparava para liderar uma grande manifestação convocada pelo Partido do Povo Paquistanês (PPP), nos arredores de Islamabad, que não se realizou devido ao estado de emergência instaurado há uma semana por Pervez Musharraf, que proíbe manifestações públicas.

«Saiu da sua residência para se ir à sede do PPP», declarou hoje de manhã um responsável desta formação política.

A antiga primeira-ministra paquistanesa manterá encontros ao longo do dia com responsáveis do seu partido, representantes da sociedade civil e diplomatas estrangeiros, de acordo com esta fonte, que pediu anonimato.

A polícia invocou «ameaças muito sérias» à segurança de Benazir Bhutto e dos seus partidários para justificar ter-lhe imposto na sexta-feira o regime de residência vigiada.

Segundo as autoridades, estariam em Islamabad oito bombistas suicidas de movimentos islamistas ligados à Al-Qaida para atentar contra a antiga primeira-ministra e dirigentes do seu partido, segundo os serviços secretos paquistaneses.

Há três semanas, o atentado suicida mais mortífero da história do Paquistão visava Benazir Bhutto durante uma manifestação dos seus partidários em Karachi, causando 139 mortos.

Bhutto regressara nesse dia ao Paquistão, após oito anos de exílio voluntário para escapar a acusações de desvios de fundos públicos quando esteve no poder (1988-1990 e 1993-1996).

A antiga chefe do governo convocou quarta-feira uma grande manifestação pública para protestar contra o estado de emergência, apesar de estar a negociar desde há vários meses um acordo de divisão do poder com o general Musharraf.
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