Senadora norte-americana exige ver documentos de Melania Trump - TVI

Senadora norte-americana exige ver documentos de Melania Trump

Nancy Skinner quer conhecer as reais circunstâncias em que Melania chegou aos Estados Unidos. É uma reação às políticas de imigração restritivas do novo presidente

Uma senadora democrata da Califórnia pediu à Casa Branca que divulgue os documentos de imigração da primeira-dama Melania Trump. O pedido faz parte de uma estratégia de contestação às políticas de imigração restritivas de Donald Trump.

Nunca ninguém, no círculo de Trump, divulgou qualquer documentação que indique em que circunstância se encontra ou se ela tem um estatuto completamente legal, disse Nancy Skinner, em declarações ao Politico California, para justificar o pedido.

Sabemos apenas que ele teve um advogado a olhar para os documentos que ela escolheu mostrar”, lembrou a senadora.

Melania Trump é eslovena. Viajou para os Estados Unidos em 1996, para prosseguir a carreira de modelo. As circunstâncias em que entrou nos Estados Unidos já foram escrutinadas antes, nomeadamente na reta final da campanha eleitoral, quando uma investigação da Associated Press revelou que Melania Trump chegou a trabalhar nos EUA e foi paga por pelo menos 10 trabalhos como modelo, quando o seu visto ainda não lhe permitia trabalhar.

Melania recebeu o “green card” em 2001 e tornou-se oficialmente uma cidadã americana em 2006. Assegurou sempre que chegou ao país de forma legal e nunca violou as regras de imigração do país.

Donald Trump também assegurou sempre que a situação da mulher está “muito bem documentada”. Em agosto do ano passado prometeu mesmo uma conferência de imprensa para mostrar esses documentos, mas tal nunca aconteceu.

Numa ordem executiva assinada na sexta-feira, Donald Trump suspendeu a entrada de refugiados nos Estados Unidos por pelo menos 120 dias e impôs um controlo mais severo aos viajantes oriundos do Irão, Iraque, Líbia, Somália, Síria e Iémen durante os próximos três meses.

Durante o fim de semana, várias pessoas sofreram já o impacto direto das novas medidas de imigração. Entre uma e duas centenas de pessoas foram retidas em vários aeroportos nos EUA, vindas destes países.

Algumas companhias aéreas precaveram-se e impediram passageiros nacionais desses sete países de voar para os Estados Unidos, onde foi já confirmado que as restrições à entrada se aplicam também aos imigrantes com vistos de residência.

Esta terça-feira, soube-se que Donald Trump despediu a procuradora-geral interina do país, depois desta ordenar aos advogados do Ministério Público que não defendessem a proibição de entrada de refugiados e outros viajantes de países muçulmanos.

Num comunicado, Trump acusou Sally Yates, membro da administração Obama, de ter traído a sua administração e argumentou que é “fraca nas fronteiras e muito fraca em [relação à] imigração ilegal”, e criticou a democrata por não ter ainda confirmado a nomeação do seu Procurador-Geral, Jeff Sessions.

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