Ilha do Fogo: Angola envia segundo lote de ajuda - TVI

Ilha do Fogo: Angola envia segundo lote de ajuda

Vulcão da Ilha do Fogo, Cabo Verde (LUSA)

Navio, com material de construção e bens alimentares, atracará no dia 02 de janeiro no país

Um navio com o segundo lote de ajuda por parte de Angola às vítimas da erupção vulcânica na ilha do Fogo chega a Cabo Verde no início do ano, informou a Embaixada de Angola na Cidade da Praia.

Em nota de imprensa, a Embaixada de Angola indicou que o navio, com material de construção e bens alimentares, atracará no dia 02 de janeiro no país.

A mesma fonte informa que a entrega dos equipamentos será feita no dia 03 de janeiro às autoridades cabo-verdianas, na ilha do Fogo.

Este é o segundo navio enviado por Angola a Cabo Verde na sequência da erupção vulcânica na ilha do Fogo, depois de um primeiro barco ter chegado a meio deste mês com 120 toneladas de produtos e material diverso, num valor de 7 milhões de dólares (5,7 milhões de euros).

A erupção vulcânica na ilha do Fogo, iniciada a 23 de novembro, já consumiu duas localidades de Chã das Caldeiras (Portela e Bangaeira) e destruiu mais de 30% dos 700 hectares de terra cultivável, entre outras infraestruturas, mas não provocou vítimas.

Os cerca de 1.500 habitantes das duas povoações foram retirados de Chã das Caldeiras e grande parte deles está instalada em três centros de acolhimento no norte e sul da ilha do Fogo.

Os técnicos da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV) que estão no terreno admitem que a atividade vulcânica manteve-se estável nos últimos dias, com a escoada de lavas praticamente estagnadas, o que demonstra que a erupção se encaminha para o seu término.

Nadir Cardoso, técnica da universidade pública cabo-verdiana, informou que a taxa de efusão de gases reduziu bastante, que não se verifica a emissão de lavas e que os equipamentos instalados não têm registado ocorrências de atividades sísmicas.

Citada pela Inforpress, a responsável pela equipa científica informou que, a nível de gases, as medições apontam para redução acentuada, estando registando valores inferiores a mil toneladas/dia, uma taxa bem menor que as oito a 11 mil toneladas registadas nas três primeiras semanas de erupção.
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