Juan Guaidó agradeceu o apoio, já oficializado, demonstrado pelo Governo português. Numa curta mensagem, publicada no Twitter, mostrou-se satisfeito pelo país "reconhecer o verdadeiro caminho para uma solução pacífica na Venezuela". A decisão foi já contestada pelo PCP.
Gracias al Gobierno de Portugal por su respaldo a esta solución pacífica a la crisis en Venezuela.
— Juan Guaidó (@jguaido) 4 de fevereiro de 2019
Nuestra lucha es por el rescate de la democracia, la ayuda humanitaria inmediata y la reconstrucción del país.#EuropaEstáConVzla https://t.co/dVPwcJnZyF
Ao longo desta segunda-feira, o autoproclamado presidente agradeceu às várias nações europeias que o reconheceram oficialmente como chefe de estado.
A crise na Venezuela mostra uma União Europeia dividida no reconhecimento de Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, admitiu o ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação espanhol. Josep Borrell é o primeiro membro de governo da UE a "verbalizar" publicamente a "desunião" dos 28.
A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.
Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.
Nicolás Maduro, 56 anos, no poder desde 2013, recusou o desafio de Guaidó e denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.
A repressão dos protestos antigovernamentais da última semana provocou 35 mortos, de acordo com várias organizações não-governamentais.
Esta crise política soma-se a uma grave crise económica e social que levou 2,3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados da ONU.
Na Venezuela, antiga colónia espanhola, residem cerca de 300.000 portugueses ou lusodescendentes.