A polícia britânica está a investigar um hospital da rede do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS, na sigla original). Mais de mil famílias pedem uma averiguação independente depois de terem sido reportadas várias mortes e casos de maus-tratos no Shrewsbury and Telford Hospital NHS Trust nos últimos 40 anos.
A West Mercia Police, autoridade responsável para aquela zona, confirmou através de comunicado que estava em curso uma investigação à maternidade para saber se existem "evidências que sustentem um caso criminal contra o hospital ou algum indivíduo".
We can today confirm that a police investigation will be conducted to explore whether there is evidence to support a criminal case, following complaints made against Shrewsbury and Telford NHS Hospital Trust in relation to maternity services and provision https://t.co/NBl5CZXivZ pic.twitter.com/2loGJ2Egaf
— West Mercia Police (@WMerciaPolice) June 30, 2020
A polícia já se reuniu com o Ministério da Saúde e revelou que já está em curso um inquérito independente. As autoridades pedem ainda que quem tenha informação entre em contacto imediato.
A diretora-executiva do hospital, Louise Barnett, afirmou à BBC que vai "cooperar totalmente com a investigação".
Quero assegurar às famílias afetadas que estamos a ouvir e a agir de acordo com as informações que recebemos", acrescentou.
A auditoria independente está a ser realizada por Donna Ockenden, que se foca nas várias queixas relacionadas com mortes ou maus-tratos a bebés e mães naquela instituição.
Segundo um documento revelado pela BBC, um relatório preliminar aponta para falhas existentes desde 1979, que continuam a existir até aos dias de hoje. Com base numa atualização feita em abril, Donna Ockenden afirma que o número de famílias envolvidas no relatório ascende a 1.170.
No início de 2020, foi revelado que o hospital teria de devolver mais de um milhão de euros ao Serviço Nacional de Saúde, por pagamentos recebidos num programa de incentivo à maternidade.
Um dos casos é o de Rhiannon Davies e Richard Stanton, que perdeream a filha Kate em 2009. Esta foi uma das primeiras famílias a requerer a realização de um inquérito independente.