Funcionários do Serviço Bolivariano de Inteligência (SEBIN, serviços secretos) evacuaram hoje o Hotel Pestana Caracas, propriedade de empresários portugueses, impedindo o acesso ao local.
Fontes não oficiais dão conta de que a ação da polícia secreta teria a ver com o atentado de sábado contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
A TVI contactou a diretora de comunicação do Grupo Pestana, que confirmou a evacuação e garantiu estar a acompanhar a situação com "preocupação".
Uma fonte contactada pela agência Lusa explicou que no local estão quatro carrinhas do SEBIN e que o acesso ao hotel está restringido.
Hotel Pestana Caracas ha sido desalojado.Camionetas dl Sebin están en el lugar. El paso al edificio está restringidoTestigos: "ya se llevaron a quien vinieron a buscar". Extraoficialmente se dice q ubicaron allí a involucrados en presunto atentado a Maduro pic.twitter.com/sUuhFSXhBA
— el Pulp0 (@elPULP0) August 6, 2018
Propriedade do Grupo Pestana, de Portugal, o Hotel Pestana Caracas foi inaugurado em 2008, durante a visita à Venezuela do então primeiro-ministro português, José Sócrates.
#6Ago Custodiado por el Sebin el Hotel Pestana al este de #Caracas tras operativo contra involucrados en el atentado al prdte Maduro durante acto en la Av. Bilivar pic.twitter.com/Ef35tMRYAm
— Argenis Madriz (@amg9847) August 6, 2018
No sábado, duas explosões que as autoridades dizem ter sido provocadas por dois drones (aviões não tripulados) obrigaram o presidente da Venezuela a abandonar rapidamente uma cerimónia de celebração do 81.º aniversário da Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar).
O ato, que decorria na Avenida Bolívar de Caracas (centro), estava a ser transmitido em simultâneo pelas rádios e televisões venezuelanas e no momento em que Nicolás Maduro anuncia que tinha chegado a hora da recuperação económica ouviu-se uma das explosões.
Sete militares ficaram feridos e, segundo as autoridades, foram detidas seis pessoas por suspeita de envolvimento no atentado.