Venezuela: Maduro apela à população para poupar e armazenar água - TVI

Venezuela: Maduro apela à população para poupar e armazenar água

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  • 5 abr 2019, 07:31

Presidente da Venezuela pediu paciência e compreensão aos venezuelanos que viveram cortes no abastecimento de água e voltou a acusar a oposição, com o apoio dos Estados Unidos, de ter atacado o sistema elétrico venezuelano, para deixar o país sem eletricidade e sem água, para "o levar ao desespero total"

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, apelou na quinta-feira aos venezuelanos para "criarem uma potente capacidade de poupança" e a armazenarem água "onde puderem".

"Há que armazenar água em grandes pipotes, grandes tanques ou em pequenos recipientes", disse.

Nicolás Maduro falava numa alocução ao país transmitida em simultâneo e de maneira obrigatória pelas rádios e televisões venezuelanas.

"Agora que já temos 60% de restabelecimento e estabilização do serviço de água, temos que conseguir o objetivo de 100% e armazenar, acumular, poupar, como comunidade, como conselho comunal", frisou.

Por outro lado, pediu paciência e compreensão aos venezuelanos que viveram cortes no abastecimento de água e voltou a acusar a oposição, com o apoio dos Estados Unidos, de ter atacado o sistema elétrico venezuelano, para deixar o país sem eletricidade e sem água, para "o levar ao desespero total".

O apelo do Presidente Nicolás Maduro, tem lugar depois de nos últimos dias, se terem registado protestos em várias regiões do país face à falta de energia elétrica e de água.

As deficiências no abastecimento de água potável intensificaram-se na Venezuela, depois três grandes 'apagões' que, em março, deixaram o país vários dias às escuras.

No entanto, em fevereiro, residentes em El Junquito (sul de Caracas), queixaram-se aos jornalistas que estavam há mais de um mês sem água nas suas casas.

13 oficiais das Forças Armadas expulsos

Nicolás Maduro promulgou um decreto no qual expulsa 13 oficiais das Forças Armadas Bolivarianas da Venezuela (FABV) por não reconhecerem as autoridades legalmente constituídas e por incorrerem no delito de traição à pátria.

O decreto n.º 41.602 foi publicado na Gazeta Oficial (equivalente ao Diário da República) que circulou quinta-feira com data de 20 de março de 2019.

No texto do documento lê-se que os oficiais expulsos pretenderam, através de "atos hostis, meios violentos, e não reconhecendo as autoridades legalmente constituídas, mudar a forma republicana da nação, pondo em risco a independência, soberania e integridade do território".

Segundo o decreto, os atos respondem não apenas "a uma atitude omissiva, de covardia e indignidade", configuram uma "manifesta agressão ao povo como representante direto da soberania nacional, atentando contra os valores superiores da ordenança legal e contra os pilares fundamentais da Instituição Armada, o que constitui atos de traição à pátria".

A degradação, explica-se no texto, tem em consideração que os oficiais "violaram com o seu comportamento os valores e princípios que representam a instituição militar, os preceitos sociais e o decoro da profissão" sendo a expulsão "uma ação, como uma medida exemplar, para garantir o equilíbrio institucional e a proteção de seus pilares fundamentais".

Entre os 13 oficiais em questão está o major general Hugo Carvajal que, durante o Governo do falecido Presidente Hugo Chávez (presidiu o país entre 1999 e 2013), dirigiu os serviços secretos venezuelanos.

Em fevereiro último, Hugo Carvajal, instou os militares venezuelanos a rebelarem-se contra o Presidente Nicolás Maduro.

Também o general de divisão Carlos Rotondaro, antigo ministro da Saúde de Hugo Chávez, faz parte desta lista.

Segundo a imprensa venezuelana, Carlos Rotondaro manifestou apoio ao autoproclamado Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, e pediu asilo na vizinha Colômbia.

Em 2018, ambos militares foram sancionados pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.

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