Venezuela: oposição anuncia governo de união e greve geral - TVI

Venezuela: oposição anuncia governo de união e greve geral

  • CP, com Lusa
  • 18 jul 2017, 07:42

Nicolas Maduro apela ao diálogo após a consulta da oposição na qual participaram mais de 7,5 milhões de venezuelanos

A oposição venezuelana anunciou a formação de um governo de transição e uma greve geral de 24 horas para quinta-feira, depois de o Governo ter garantido que vai manter a convocatória da Assembleia Constituinte.

A coligação da oposição, Mesa de Unidade Democrática (MUD), informou que vai avançar esta semana com a formação de um "governo de união", através de um "compromisso de unidade para a governabilidade", disse o vice-presidente do parlamento, Freddy Guevara, em conferência de imprensa na segunda-feira.

O deputado afirmou que este compromisso vai estabelecer entre todos os intervenientes da "unidade democrática", "um desafio" que implica a população, diferentes setores da sociedade e dirigentes políticos.

Já o presidente da Venezuela pediu aos venezuelanos que participem num diálogo político, para alcançar "um grande acordo nacional de paz".

O apelo ao diálogo foi feito no dia seguinte à participação de mais de 7,5 milhões de venezuelanos numa consulta simbólica, realizada pela oposição venezuelana, contra o projeto de eleição de uma Assembleia Constituinte, promovido por Nicolas Maduro.

"Apesar da insensatez da oposição venezuelana, reitero o meu apelo para um diálogo pela paz (...) A minha disposição absoluta é de que continuem as conversações e resultem num grande acordo nacional de paz, de trabalho e prosperidade.”

O presidente venezuelano anunciou ainda que as autoridades vão verificar a participação dos funcionários públicos e do setor privado na eleição de 30 de julho da Assembleia Constituinte.

O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, no poder) vai usar um mecanismo de verificação da participação, chamado "4x4", que vai incluir, além da verificação "de todas as empresas, de todos os trabalhadores" da função pública, telefonemas aos beneficiários dos programas sociais estatais e também a trabalhadores do setor privado, disse Nicolas Maduro, numa intervenção televisa.

"Isso já está ativo. São pelo menos quatro milhões de trabalhores públicos da administração centralizada e descentralizada, mais vários milhões dos setores privados e comercial", explicou.

 

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