Enfermeiro alemão condenado a prisão perpétua por matar 85 pacientes - TVI

Enfermeiro alemão condenado a prisão perpétua por matar 85 pacientes

  • BM
  • 6 jun 2019, 10:33

Homem medicava os doentes com drogas não prescritas, numa tentativa de poder mostrar as suas capacidades de ressuscitação, funcionando também como uma forma de combater o aborrecimento

O enfermeiro Niels Högel foi condenado, esta quinta-feira, a prisão perpétua por um tribunal alemão, que o condenou pela morte de 85 pacientes, num dos piores casos de assassínio em série da história recente.

O tribunal de Oldenburgo, no noroeste da Alemanha, considerou Högel, de 42 anos, culpado de matar pacientes - entre os 34 e 96 anos - por injeção de medicamentos em hospitais onde trabalhou no noroeste da Alemanha entre 2000 e 2005.

Os crimes cometidos por Niels Högel “ultrapassam todo o entendimento e todos os limites conhecidos”, disse o presidente do tribunal de Oldenburgo, Sebastian Bührmann.

“Há tantas (vítimas) que o espírito humano capitula diante do número de crimes", acrescentou o juiz.

"O que você fez é incompreensível, é simplesmente demais", disse o presidente do tribunal.

O enfermeiro causava paragem cardíaca nas suas vítimas e depois ressuscitava-as, tendo alegado que gostava da sensação que sentia durante as manobras que realizava.

A polícia suspeita que, no total, Högel tenha matado cerca de 200 pessoas, mas em muitos casos não foi possível esclarecer as causas das mortes, já que muitas das vítimas foram cremadas.

O tribunal observou a "gravidade especial dos crimes", o que tornará qualquer perspetiva de libertação muito difícil, mesmo após os 15 anos de prisão padrão.

No total, Högel foi acusado de 100 assassínios e não ficou imediatamente claro por que motivo o tribunal só o considerou culpado em 85 das acusações.

Högel pediu desculpas numa declaração no final do julgamento, que durou sete meses.

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