Segundo a organização da ONU vocacionada para as crianças, “durante o ano de 2014 registaram-se 26 ataques suicidas em que participaram mulheres e crianças e em apenas nos cinco meses que decorrem desde o início de 2015, esse número já vai em 27”, afirmou Abuja Laurent Dutordoir, citado pela agência EFE.
O especialista da ONU para a infância que falava em Genebra, na Suíça, fez questão de frisar que estas crianças - pelo menos nove menores contabilizados desde julho de 2014 usados em ataques suicidas – “não são instigadores dos ataques, mas meras vítimas”.
A maioria dos ataques deu-se no norte do país, onde o domínio do grupo radical islâmico é maior.
O Fundo para a Infância das Nações Unidas estima que há um milhão e 300 mil nigerianos deslocados. Destes, 743 mil são menores e dez mil vagueiam sem mãe nem pai “precisamente porque se perderam das famílias quando fugiam do Boko Haram”, acrescentou.
Declarações que surgem no dia em que a Reuters, citando fontes policiais, dá conta de mais um ataque na Nigéria que vitimou pelo menos 96 pessoas.