Guiné-Bissau: partido de Kumba Ialá condena ataque - TVI

Guiné-Bissau: partido de Kumba Ialá condena ataque

Tentativa de golpe de Estado na Guiné Bissau

PRS foi a única formação política a não apresentar solidariedade ao presidente no local

O porta-voz do Partido da Renovação Social (PRS) condenou os ataques à residência do presidente guineense, Nino Vieira, diz a Lusa.

«Nós somos um partido que pugna pela não-violência, por tal condenamos firmemente os ataques à casa do Presidente da República. Somos um Estado de direito democrático em que os diferendos devem ser resolvidos pela lei», disse Joaquim Batista Correia.

«Por sermos um partido não violento, não podemos pactuar com actos que colocam persistentemente em causa a paz social», frisou. «As Forças Armadas devem ser republicanas, distanciando-se de tudo o que possa pôr em causa a paz e a estabilidade» do país, defendeu o porta-voz do partido de Kumba Ialá, segunda maior força política guineense.

«Tentativa de golpe de Estado» na Guiné Bissau

Questionado sobre o facto de o PRS ser a única formação política, entre as três mais representativas do país, que não esteve na residência de Nino Vieira para apresentar solidariedade ao presidente, Batista Correia desvaloriza esse pormenor.

«Ainda não está esgotado o espaço temporal para apresentar a nossa posição e solidariedade através dessa forma protocolar que me está a referir, seja como for expresso aqui a nossa solidariedade ao presidente», afirmou.

Portugal condena ataque a «Nino» Vieira

Questionado ainda sobre se Kumba Ialá sabe do que se passou na residência de Nino Vieira, o porta-voz do PRS afirmou que «sim», frisando que aquele se encontra na sua residência. A Lusa esteve na residência de Kumba Ialá, tendo sido informado que o líder do PRS «está a descansar».

Sexta-feira, um dia depois de pôr em causa os resultados eleitorais e poucas horas depois de estes serem divulgados oficialmente, Kumba Ialá refugiou-se em Bissorã, 80 quilómetros a norte de Bissau, tendo-se rodeado de um aparato militar que garantiu a sua segurança, ao mesmo tempo que anunciava ter sido proibido de abandonar o país por ordem judicial.
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