Guiné-Bissau: presidente pede calma e vigilância - TVI

Guiné-Bissau: presidente pede calma e vigilância

Tentativa de golpe de Estado na Guiné Bissau

«Nino» Vieira exige que os resultados nas recentes eleições legislativas sejam respeitados

O presidente da Guiné-Bissau já pediu calma aos guineenses, garantindo que tem o controlo da situação. Segundo um comunicado lido, em nome de «Nino» Vieira, pelo porta-voz da presidência guineense numa rádio de Bissau, o chefe de Estado exorta os guineenses a manterem a calma e vigilância.

Nino Vieira «exorta os cidadãos, os partidos políticos e os dirigentes que respeitem a expressão popular exprimida nas urnas» com as recentes eleições legislativas que deram uma maioria qualificada ao antigo partido único, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cavo Verde (PAIGC).

Partido de Kumba Ialá condena ataque

À comunidade internacional «em geral e às organizações sub-regionais em particular», o presidente guineense endereçou «o profundo reconhecimento pelo apoio prestado ao país para a realização das eleições (legislativas) e pela manifestação unânime de solidariedade perante os acontecimentos desta madrugada».

O presidente guineense dirigiu-se ainda aos cidadãos estrangeiros residentes na Guiné-Bissau, sublinhando que, embora a situação esteja sob controlo, «é preciso reforçar a vigilância».

Governo convocou conselho de ministros extraordinário

O governo da Guiné-Bissau convocou, para este domingo, um conselho de ministros extraordinário para analisar o ataque. Da reunião, que começou ao fim da tarde no gabinete do primeiro-ministro, Carlos Correia, situado na praça dos Heróis Nacionais no centro da cidade, sairá um comunicado.

Esta madrugada um grupo de militares atacou a residência do presidente «Nino» Vieira em Bissau, mas as forças de segurança do chefe de Estado conseguiram suster o ataque.

Segundo o ministro da Administração Interna guineense, Cipriano Cassamá, o ataque provocou um morto, um ferido e já existem vários detidos. Fontes militares disseram à Lusa que estão detidas oito pessoas.

O Governo português já condenou o ataque e manifestou a vontade de que os responsáveis pelo atentado «sejam rapidamente trazidos à justiça».
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