Guiné: Raimundo Pereira assume chefia interina - TVI

Guiné: Raimundo Pereira assume chefia interina

Nino Vieira

Presidente da Assembleia da República cumpre processo legal até novas eleições

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O presidente da Assembleia da República da Guiné-Bissau, Raimundo Pereira, assume na tarde desta terça-feira a chefia de Estado interina do país numa cerimónia a decorrer no Parlamento guineense, disse fonte da Assembleia Nacional Popular.

Raimundo Pereira já presidiu ao debate de urgência no Parlamento sobre o Estado da Nação, após os assassínios do Presidente «Nino» Vieira e do chefe das Forças Armadas, general Tagmé Na Waié, informa a agência Lusa.

A Constituição da República da Guiné-Bissau estabelece que o presidente da Assembleia Nacional assume interinamente a chefia de Estado em caso da morte do Presidente da República, sem que seja necessário qualquer acto para iniciar funções. No âmbito do artigo 71º da Constituição, o presidente do parlamento guineense, Raimundo Pereira, é o Presidente da República interino, na sequência do assassínio, segunda-feira, do chefe de Estado, João Bernardo «Nino» Vieira.

Eleições próximas

O secretário de Estados dos Negócios Estrangeiros de Portugal, João Gomes Cravinho, admitiu, após ter aterrado no aeroporto internacional da Guiné-Bissau, a possibilidade de se conseguirem realizar eleições presidenciais no país nos próximos 60 dias.

«Houve eleições recentemente, em Novembro, que correram muito bem, e estamos convencidos que será possível seguir aquilo que diz a Constituição», afirmou, sublinhando, contudo, que não conhece os aspectos técnicos.

João Gomes Cravinho chegou a Bissau com uma delegação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para analisar com as autoridades guineenses o futuro do país. Segundo o secretário de Estado português, que lidera a missão da CPLP, é necessário «alguns apoios imediatos para assegurar a transição de forma estável no país, nomeadamente no que toca à realização de eleições» presidenciais.

«O que nós pretendemos agora é identificar com os guineenses a forma de ajudar a Guiné-Bissau a quebrar de vez com este ciclo de envolvimento dos militares na política, com o ciclo de desconfiança e de violência na política», disse.
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