Homem mata a tiro sem-abrigo que pedia esmola no Brasil - TVI

Homem mata a tiro sem-abrigo que pedia esmola no Brasil

  • SS
  • 21 nov 2019, 12:52
Homem matou a tiro sem-abrigo em rua de Niterói, no Brasil

O crime foi captado por câmaras de vigilância. As imagens são de grande violência e podem ferir a susceptibilidade dos leitores

É o crime que está a chocar o Brasil. Um homem matou a tiro uma sem-abrigo que pedia esmola, em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, no sábado. O crime violento foi captado por câmaras de vigilância. O atirador diz que reagiu em legítima defesa, mas a polícia não acredita nessa possibilidade.

Tudo aconteceu numa das ruas principais do centro de Niterói.

As imagens mostram a mulher a abordar o homem, a falar e a gesticular, a aproximar-se, a ir na sua direção. A um dado momento, o homem tira uma arma do bolso e dispara na sua direção. A mulher cai de imediato no chão e o homem abandona o local.

De acordo com a imprensa brasileira, a vítima chamava-se Zilda Henrique dos Santos Leandro, era conhecida como Néia, tinha 31 anos e era sem-abrigo.

Depois de ser baleada, ainda chegou a ser socorrida pelos bombeiros e foi transportada para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

O atirador foi identificado como Aderbal Ramos de Castro e foi detido, encontrando-se na Delegacia de Homicídios de Niterói. 

 

Atenção: as imagens do próximo vídeo são de grande violência e podem ferir a susceptibilidade dos leitores.

A irmã de Zilda afirmou, numa entrevista ao G1, que a vítima pedia apenas um real (cerca de 20 cêntimos) para comprar pão.

A minha irmã só pediu um real para comprar pão. Ele ficou a fazer piadas, a dizer que ia dar um tiro nela. A minha irmã ficou com dúvidas e foi atrás dele. Foi quando ele atirou.”

A defesa de Aderbal alegou que o homem atingiu a vítima em legítima defesa, reagindo a uma tentativa de assalto. Segundo a advogada, Aderbal tem licença de porte de arma, que já está na posse da polícia.

Ele é dono de uma loja ali perto e estava a caminho do trabalho quando tudo aconteceu. Ele já foi assaltado outras vezes naquela região e por isso reagiu”, explicou a advogada Daniela Lopes.

Mas as autoridades não acreditam nesta possibilidade.

Pelo menos até agora, a hipótese alegada de legítima defesa é fantasiosa. No depoimente, ele disse que não sabia se a vítima era homem ou mulher. Apenas se assustou por achar que seria assaltado e atirou”, afirmou o delegado Bruno Reis, que investiga o caso.

Continue a ler esta notícia