Mo Yan «é um homem muito ligado à sua origem» - TVI

Mo Yan «é um homem muito ligado à sua origem»

Mo Yan

Diretora do Instituto Confúcio está satisfeita com a atribuição do prémio ao escritor chinês

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A diretora do Instituto Confúcio da Universidade do Minho, Sun Lam, afirmou que Mo Yan, distinguido esta quinta-feira com o Prémio Nobel da Literatura, «descreve a alma do povo, do povo vulgar, o dos campos e das ruas».



Sun Lam declarou à agência Lusa que o escritor chinês «é um homem muito ligado à terra e à sua origem; ele descreve a alma do povo, escreve de facto aquilo que o povo sente».



A docente, também de nacionalidade chinesa, afirmou-se «muito contente» com a distinção da Academia Sueca, que «esperava já há muitos anos».



«Não me surpreende, ele é o melhor escritor chinês, e há muito que desejava que lhe atribuíssem o Nobel», afirmou Sun Lam.



«Mo Yan revela um grande poder na utilização da linguagem, tem uma imaginação extremamente poderosa e revela uma capacidade extraordinária na estrutura narrativa», atestou à Lusa.



Entre os 80 títulos escritos por Mo Yan, a professora salientou «Execução ao Sandâlo», a obra que narra a história de vida de um condenado à morte.

Sun Lam acrescentou ainda à Lusa que Mo Yan não é um escritor de regime, mas sim um escritor independente e distanciado da política, que «fala através das suas personagens e das histórias dos seus romances".



A primeira obra do agora Nobel da Literatura foi um conto, editado em 1981, que começou a escrever enquanto ainda era soldado.

Seis anos depois Mo Yan publicou um romance de grande sucesso, «Red Sorghum», que seria adaptado ao cinema por Zhang Yimou e vencedor de um Urso de Ouro do Festival Internacional de Berlim.

Em Portugal foi publicado o livro «Peito grande, ancas largas», em 2007, editado pela Ulisseia e que por agora está esgotado.
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