Morreu o menino que ficou paralisado depois de comer hambúrguer contaminado - TVI

Morreu o menino que ficou paralisado depois de comer hambúrguer contaminado

  • Sofia Santana
  • 17 set 2019, 11:49
Nolan Moittie

Nolan Moittie tinha apenas dois anos quando comeu um hambúrguer contaminado com a bactéria E. Coli. Ficou com graves sequelas neurológicas e uma vida em suspenso. O menino morreu este sábado, aos 10 anos

Nolan Moittie tinha apenas dois anos quando comeu um hambúrguer contaminado com a bactéria E. Coli. A intoxicação mudou a sua vida, e a dos seus pais, para sempre. Nolan ficou com sequelas neurológicas muito graves, num caso que chocou França. O menino morreu este sábado. Tinha 10 anos.  

A história de Nolan faz-nos recuar até ao ano de 2011, em Hauts-de-France. Quinze crianças desta região francesa foram intoxicadas depois de terem comido hambúrgueres do supermercado Lidl. A carne estava contaminada com a bactéria E. Coli.

Várias crianças intoxicadas desenvolveram um síndrome que perturba o funcionamento dos rins para toda a vida.

Nolan, um menino de dois anos e o caso mais grave, ficou com sequelas neurológicas e uma vida em suspenso.

A criança ficou paralisada, incapaz de falar, muito menos de se mover. Era alimentada através de um tubo gástrico e tomava uma grande dose de medicamentos por dia.

No sábado de manhã, o menino sofreu uma paragem cardiorrespiratória. Foi internado nos cuidados intensivos, mas acabou por morrer. Tinha 10 anos.

Este foi o culminar de uma "verdadeira provação" para os pais de Nolan, como sublinhou a advogada da família, Florence Rault, ao jornal Le Parisien.

Infelizmente, este menino morreu várias vezes. Este é um drama real para a família de Nolan, que viveu uma verdadeira provação desde o acidente", lamentou a advogada.

O dono da empresa que produziu a carne contaminada, Guy Lamorlette, de 78 anos, foi condenado, em 2017, a três anos de prisão por ter falhado o controlo adequado dos produtos. A sentença foi confirmada em fevereiro, mas o homem voltou a recorrer.

A adovogada da família espera agora que se faça justiça e que Lamorlette cumpra a pena a que foi condenado. 

Espero que o responsável por esta tragédia tenha a decência de retirar o seu recurso nos tribunais. No primeiro julgamento, ele nem quis ver Nolan. Agora ele deve cumprir a sentença e os pais de Nolan devem ser recompensados", disse Florence Rault.

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