Milionário suspeito no desaparecimento da mulher oferece um milhão de euros a quem a encontrar - TVI

Milionário suspeito no desaparecimento da mulher oferece um milhão de euros a quem a encontrar

  • Bárbara Cruz
  • 17 jun 2020, 12:07
Tom Hagen

Tom Hagen, milionário noruguês, já esteve detido e é considerado pela polícia o principal suspeito no desaparecimento de Anne-Elisabeth Hage, que foi vista pela última vez a 31 de outubro de 2018

Tom Hagen, o milionário norueguês que chegou a ser detido por suspeitas de estar envolvido no homicídio da mulher, oferece agora uma recompensa de cerca de um milhão de euros a quem tiver informações sobre o paradeiro de  Anne-Elisabeth Hage, desaparecida há quase 20 meses.

Segundo o El País, o advogado de Hagen, Svein Holden, disse em entrevista a um canal norueguês que o milionário teme que a mulher não seja encontrada e, por isso, decidiu "dar alguns passos" para descobrir o que aconteceu. 

Anne-Elisabeth, de 68 anos, foi vista pela última vez a 31 de outubro de 2018 na sua casa em Lørenskog, perto de Oslo, onde foi encontrada uma carta de alegados sequestradores exigindo um resgate em criptomoeda num valor equivalente a cerca de 520 milhões de euros. Caso o dinheiro não fosse recebido, segundo a missiva, a mulher do empresário seria assassinada. 

Até agora, a polícia tem dois suspeitos no caso: o marido de Anne-Elisabeth e um homem de 30 anos, especialista em criptomoeda e que tem relação com Hagen. O milionário chegou a ser detido no passado mês de abril, acusado de colaboração em homicídio. Acabou por ser libertado e, desde então, tem reiterado a sua inocência, mas a polícia acredita que a denúncia de sequestro serviu apenas para encobrir a morte da vítima, ainda que não sejam claras as motivações de Hagen para matar a mulher.

O advogoado do empresário garante que não se trata de iniciar agora uma investigação privada e que as autoridades receberão todas as pistas que forem entregues para receber a recompensa.  Mas a ação levantou muitas críticas, nomeadamente de antigos investigadores da polícia, que acreditam que o facto de um dos principais suspeitos estar a oferecer dinheiro por informações poderá comprometer a investigação. 

É extremamente problemático. Muitas pessoas que deram informação à polícia sem obter dinheiro em troca agora voltarão a dar informações. E isto dará à defesa uma visão única das testemunhas que realmente sabem de alguma coisa, com a oportunidade de influenciá-las", disse Jørn Lier Horst, ex-investigador e autor de policiais ao diário norueguês VG.  "Não é certo que o informador esteja consciente de que pode, teoricamente, expor-se à pessoa que é, na realidade, o principal suspeito", acrescentou. 
 

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